Reza a lenda que a famosa pintura da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, acompanha o observador com seu olhar enigmático. Só que não. É o que garante um estudo recente feito por cientistas da Universidade de Bielefeld, na Alemanha. De acordo com eles, a mulher no quadro está olhando na verdade para alguém atrás do observador, ligeiramente a sua direita.
O psicólogo Gernot Horstmann e o cientista da computação Sebastian Loth estavam estudando o chamado “efeito Mona Lisa” na criação de avatares de inteligência artificial. O efeito, batizado com o nome da pintura, descreve a sensação que algumas fotos ou desenhos passam de estar olhando para o observador, independente da posição que ele estiver em relação à imagem. Acontece que eles perceberam que a própria Mona Lisa não possui esse efeito.
Eles realizaram uma série de testes com vários voluntários e diferentes versões da pintura de da Vinci, algumas com zoom, outras com partes cortadas e diversos pontos de observação e chegaram a conclusão de que o efeito Mona Lisa só funciona quando a figura na imagem olha diretamente para frente, com uma pequena variação de no máximo 5 graus para um dos lados.
Para se ter uma ideia, a Mona Lisa olha 15,4 graus para a direita, impossibilitando completamente o efeito que leva seu nome, definitivamente uma grande ironia.
O rosto mais enigmático
A Mona Lisa é uma pintura feita pelo mestre renascentista Leonardo da Vinci entre os anos de 1503 e 1506, embora ele tenha adicionado detalhes até 1517. A mulher na imagem é provavelmente Lisa Gherardini, esposa de Francesco Del Giocondo, que teria encomendado a pintura. Trata-se do quadro mais famoso e enigmático do mundo, devido à incerteza da origem da pessoa retratada e seu meio-sorriso.
O quadro foi adquirido pelo rei Francisco I, da França, e hoje é propriedade da República Francesa. Está exposto no Museu do Louvre, em Paris, desde o ano de 1797 até os dias de hoje.
