O LSD é uma das drogas artificiais mais conhecidas do mundo. A dietilamida do ácido lisérgico, como ela conhecida dentro da química, é famosa por causar alucinações e até mesmo alterar o estado de consciência dos seus usuários. A ciência não sabia explicar o motivo disso, mas as primeiras respostas acabam de ser dadas.
Um estudo feito pelo Hospital Universitário Psiquiátrico de Zurique, na Suíça, e que acaba de ser publicado no jornal PNAS, acredita ter descoberto o que são essas alucinações causadas pelo LSD e os efeitos delas no nosso cérebro.
Os pesquisadores deram a 25 voluntários selos de LSD enquanto escaneavam seus cérebros. Eles também deram a alguns dos participantes cetanserina, uma droga que é capaz os receptores de serotonina. O motivo disto é que estudos anteriores apontaram que o neurotransmissor poderia ter um papel importante nas alucinações causadas pelo entorpecente.
Aqueles que tomaram a cetanserina relataram que não vivenciaram nenhum dos efeitos subjetivos do LSD. Outro resultado que chamou a atenção dos cientistas é que a droga interrompe um circuito importante dentro de quatro partes do nosso cérebro, o que inclui o tálamo, que funciona como um “filtro de informações.”
Em outras palavras, a droga permite que mais informações circulem pelo tálamo e outras partes do cérebro, o que ajudaria a explicar as alucinações que afetam nosso cérebro e fazem alguns usuários alterar seu estado de consciência.
Com esses resultados em mãos, os responsáveis pelo estudo esperam que essas informações ajudem na compreensão de desordens mentais que produzem efeitos semelhantes aos da droga, como é o caso da depressão e da esquizofrenia.
“Estamos mais próximos de entender a complexidade do que acontece com o cérebro durante o uso de LSD. E isso é particularmente importante se quisermos produzir novos remédios”, disse a pesquisadora Katrin Preller, uma das responsáveis pelo estudo.
