Os brasileiros se orgulham do fato de que o nosso país praticamente não possui desastres naturais envolvendo furacões, tornados e vulcões, mas nem sempre foi assim. O Brasil já teve cadeias de vulcões que cortavam o nosso território de norte a sul, incluindo aí o vulcão mais antigo já descoberto. Alguns continuam ativos, embora estejam adormecidos há milhões de anos.
Os vulcões se formam nos locais de encontros de placas tectônicas, em frestas que permitem que o magma passe para a superfície. Embora hoje o país esteja praticamente em cima de uma grande placa, longe das bordas, há milhões de anos isso não era assim. Felizmente, o que restou desses vulcões foram apenas as rochas, formadas pelo magma frio que escorria do manto terrestre.
Fica no Brasil o vulcão mais antigo do mundo. Ele era na verdade uma grande cordilheira vulcânica e data de 1,89 bilhões de anos. Sua área ocupava porções dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Roraima, continuando até a Venezuela e o Suriname. Felizmente, ele está extinto há muito tempo.
Havia por aqui também uma grande fissura vulcânica, isso é uma fenda da qual o magma fluía para fora, datada de “apenas” 140 milhões de anos. Ela se iniciava no Mato Grosso e descia cortando pelo sul do Brasil até chegar ao Uruguai. A lava que saiu de lá chegou a ocupar 1,2 milhão de quilômetros quadrados.
Onde há fumaça…
Todos esses vulcões ancestrais brasileiros estão extintos, isso é, não possuem mais lava em seu subsolo. No entanto, alguns estão apenas adormecidos, ou seja, não estão ativos, mas podem vir a acordar um dia. Um desses é um vulcão existente na cidade de Poços de Caldas, no estado de Minas Gerais.
Trata-se de um jovem de 70 milhões de anos, que se encontra nas imediações da atual cidade. Quando estava ativo, cobriu toda a região com uma lava espessa, que se solidificou e deu origem às rochas do lugar. Ainda hoje a cidade conta com fontes de águas quentes, que ainda são aquecidas pelo calor do interior do solo.