Em 1969, o astronauta Neil Armstrong foi a primeira pessoa a pisar na Lua. Apenas três anos depois, Gene Cernan foi o último. Por que desde então ninguém voltou lá? Embora as especulações tenham gerado até mesmo teorias da conspiração, os motivos para não termos mandado mais ninguém para a Lua são, na verdade, bem reais, incluindo dinheiro, logística e política.
Os quase 50 anos de espera são justificados pela Nasa com uma série de motivos, sendo o principal deles o dinheiro. Uma expedição até o satélite custaria 104 bilhões de dólares aos cofres americanos, uma quantia que ninguém está disposto a gastar atualmente. Além disso, existe a questão política e para entendê-la, é preciso voltar até 1969.
O primeiro pouso do homem na Lua marcou o fim da corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética. Os russos até saíram na frente com Yuri Gagarin, mas a alunissagem decretou a vitória americana em um dos “fronts” mais disputados da Guerra Fria. Desde então, os políticos, bem como a sociedade americana, não acreditam que haja razão para voltar à Lua.
Os especialistas concordam quanto à importância história do projeto Apollo, responsável por levar a primeira tripulação humana para a Lua, no entanto, argumentam que a missão não foi tão relevante cientificamente. A própria Nasa argumenta que as últimas cinco décadas foram dedicadas a missões com mais relevância científica do que um “simples” passeio até a Lua.
Um pequeno passo
A única esperança de um retorno a Lua pode vir de outro planeta. Muitos projetos recentes apresentados por agências espaciais governamentais e iniciativas privadas consideram a Lua uma boa opção para servir de base para outros lançamentos, a maioria deles com destino a Marte, o novo foco dos programas espaciais.
Uma nova missão para o satélite deve acontecer na próxima década, mas o envolvimento da Nasa nisso é um pouco improvável. Entre as agências governamentais, a China é atualmente o país mais engajado na possível empreitada, mas parece que a exploração espacial está realmente nas mãos de empresas privadas, como a SpaceX, do excêntrico bilionário Elon Musk.