Em tempos em que uma hipotética Terceira Guerra Mundial volta a ser assunto, muita gente pode se surpreender com o fato de que ela pode já ter começado.
Acontece que o conflito deve ser muito diferente do que todos imaginam. As batalhas da Terceira Guerra Mundial, caso venham mesmo a se tornar uma realidade, serão travadas em computadores e celulares.
Essa guerra já está possivelmente em andamento desde que a internet se tornou uma ferramenta popular para armazenamento e compartilhamento de informações. Não podemos esquecer que a rede de computadores que utilizamos hoje se originou na antiga Arpanet americana, que era um projeto totalmente militar.
Um exemplo recente e conhecido é a possível intervenção da Rússia nas eleições americanas que elegeram Donald Trump. Tudo foi feito com o apoio de hackers contratados pelo governo russo e o uso desse tipo de “artilharia” tende a se tornar cada vez mais comum.
O governo de Israel já conta com uma divisão para evitar ataques cibernéticos, contando inclusive com neurocientistas para ajudar a entender os intrincados sistemas. Há quem diga que existem até treinadores de hackers, embora nenhum governo goste de falar abertamente sobre o assunto.
A Terceira Guerra Mundial deve ser bem menos sangrenta do que a primeira e a segunda, mas possivelmente vai lidar com questões mais complexas e importantes do que balas e canhões.
Os envolvidos
O setor de inteligência digital da maioria dos governos é tão secreto que muitas vezes os especialistas no assunto preferem não se identificar, já que possivelmente possuem ligações com algum país.
É o caso de um especialista, que afirma ao veículo Lusa que Rússia, China, Coreia do Norte, Irã, Estados Unidos e Israel são os países mais envolvidos na guerra digital.
Ele também cita a espionagem de empresas como parte da guerra, citando como exemplos às recentes invasões aos computadores da Sony Pictures, que acabaram vazando produções do estúdio, bem como da HBO.