Todos estão tomando cuidado no contato com as pessoas durante a pandemia de coronavírus, inclusive ao nos cumprimentarmos. Usar os cotovelos realmente é seguro? O toque entre os cotovelos foi amplamente divulgado como uma alternativa ao aperto de mãos e ao clássico beijinho no rosto, mas se a intenção é não espalhar o contágio, é preciso encontrar opções ainda mais seguras.
O grande problema com o cotovelo não está no cumprimento em si, onde as pessoas encostam um braço no outro. A questão é que os cotovelos também são usados como solução para os espirros e tosse. Para que ninguém espirre nas mãos e acabe mantendo os vírus ali, espalhando-os para superfícies e objetos, é aconselhado que o espirro e a tosse sejam dirigidos para essa parte do corpo.
E é aí que nasce o problema: se você espirrou no cotovelo ou braço e estiver contaminado com o coronavírus, ele vai estar ali naquela região. Ao cumprimentar outra pessoa usando o cotovelo, acontece uma transmissão. Se muita gente aderir à prática, as coisas podem sair de controle, com uma grande quantidade de infecções acontecendo via cotovelo.
Resumindo, o cumprimento com o cotovelo não é a opção mais segura durante a pandemia. O ideal seria realmente um cumprimento verbal, sem colocar em risco a saúde das outras pessoas e nem de si próprio. Além de ficar em casa, é claro.
Hábitos salvam vidas
Uma simples forma de cumprimentar pode parecer besteira perto de tantos cuidados que precisam ser tomados, mas não é tão simples assim. A prova disso é o Japão, país próximo da China que conseguiu controlar a pandemia de forma extremamente eficiente, mesmo tendo a população mais idosa do mundo.
Acontece que os japoneses já possuem, por cultura, o hábito de se cumprimentarem curvando o corpo na direção da outra pessoa, sem nenhum toque. Isso acabou ajudando a evitar uma contaminação mais geral, além de outros hábitos, como o uso da máscara mesmo bem antes de qualquer pandemia.