O mundo todo aguarda ansiosamente por uma vacina contra o coronavírus, para frear a pandemia de covid-19. Mas será que isso é o suficiente?
Vacinas possuem graus de eficiência diferentes entre si e o retorno da vida normal, como era antes de pandemia, depende do quão eficiente essa vacina – ou essas vacinas – serão quando forem concluídos os testes com voluntários.
Segundo um estudo publicado no American Journal of Preventive Medicine, tendo como base os Estados Unidos, a vacina para o coronavírus precisaria ter uma eficácia de 70 a 80% para que a vida voltasse ao normal por lá.
Para efeitos de comparação, as vacinas mais comuns contra o sarampo, por exemplo, ficam entre 95 e 98%, o que é um alívio. Já as da gripe, tão comuns, podem variar entre 20 e 60% de eficácia.
A eficácia de uma vacina só pode ser determinada com testes em quantidade, que deve ser o próximo passo que os pesquisadores tomarão no desenvolvimento.
Não basta apenas proteger o indivíduo, mas proteger um grupo de pessoas e é aí que entra essa conta de porcentagem.
Uma vacina pode ser eficiente contra o coronavírus, mas se ela só torna 5% dos pacientes imunes, ela não é eficaz, ainda mais contra um vírus tão contagioso quanto o causador da Covid-19.
Qualidade x quantidade
Outro fator determinante para que uma vacina seja capaz de acabar com a pandemia de coronavírus é a quantidade de pessoas a serem vacinadas.
Simplificando a conta, quanto mais eficiente for a vacina, menos pessoas precisariam toma-las. No caso de um imunizante não tão eficiente, a grande maioria da população, se não todos os indivíduos, precisariam ser vacinados.
No caso de uma vacina ser desenvolvida sem o nível de eficácia necessário, não há motivo para pânico. Ela deve ser aplicada na população, mas nesse caso, o distanciamento social, o uso de máscaras e outros cuidados precisariam ser mantidos por mais algum tempo.
De qualquer forma, é um custo baixo pela perspectiva de poder ver esse pesadelo encerrado.
