Templos da Grécia Antiga tinham rampas de acessibilidade, diz estudo

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A Grécia Antiga é lembrada como uma das civilizações mais avançadas de sua época, mas parece que algumas coisas por lá transcendem o tempo.

Um novo estudo está mostrando que muitos templos e locais religiosos da península grega já contavam, naquela época, com rampas de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida, isso tudo muito antes da invenção da cadeira de rodas.

De acordo com um novo estudo publicado pela arqueóloga Debby Sneed, essas rampas fixas, sempre feitas de pedra, eram especialmente comuns em templos dedicados a divindades de cura e podem ser encontradas em construções do quarto século antes de Cristo.

Ela destaca que a acessibilidade poderia não ser o único motivo para a existência das rampas, mas certamente tinha alguma ligação.

Sneed cita dois exemplos, mostrando como as rampas eram importantes em um tipo específico de construção. Segundo a arqueóloga, o santuário de Olímpia, onde eram realizados os Jogos Olímpicos originais, possuía duas rampas, dando acesso ao templo principal e outro para o local onde eram realizados os sacrifícios.

Já em Epidauro, onde ficava o maior santuário dedicado a Esculápio, deus da medicina e da cura, são 11 rampas de acesso em todos os principais edifícios que compunham o templo.

É claro que em 400 a.C. ainda não existiam cadeiras de rodas, mas a ideia era facilitar o acesso de grávidas, idosos, pessoas com muletas, bengalas ou qualquer outra dificuldade de locomoção, que iam pedir ajuda ou prestar suas homenagens ao deus.

Outras possibilidades

Antes do estudo de Sneed, que ainda está em desenvolvimento e divide opiniões na área acadêmica, pensava-se que as rampas seriam os locais onde os sacrifícios de animais eram feitos, em oferenda às divindades.

Outros acreditavam que elas seriam sobras da construção dos templos, sendo usadas para facilitar o manejo de materiais.

No entanto, a arqueóloga autora do estudo argumenta contra essas duas hipóteses. Ela diz que os locais onde os sacrifícios e oferendas eram feitos já são conhecidos, geralmente ficando em um local reservado dentro do templo, ou em uma área mais retirada, ao ar livre.

Quanto às construções, ela ressalta que os engenheiros da Grécia Antiga já contavam com ferramentas como guindastes rudimentares, sendo o uso de rampas desnecessário.



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