Sabemos que existem vários vírus que causam a gripe comum e outras síndromes respiratórias. Um novo estudo afirma que esse também deve ser o destino do novo coronavírus: a covid-19 se tornará uma doença respiratória sazonal. As informações são do site BBC.
De acordo com esse estudo, divulgado no periódico Frontiers in Public Health, é bem provável que esse seja o destino do vírus que causa problemas em todo o planeta. Esse trabalho é resultado de uma revisão de estudos anteriores a respeito da sazonalidade de vários tipos de vírus.
“A covid-19 veio para ficar e ela continuará a causar surtos ao longo do tempo até que a imunidade coletiva seja atingida. Assim, o público precisará aprender a viver com a doença e a continuar praticando as melhores medidas de prevenção, incluindo usar máscaras, evitar aglomerações, distanciamento físico e higiene das mãos”, afirmou Hassan Zaraket, da Universidade Americana em Beirute, no Líbano, e líder do novo estudo.
“Continua se tratando de um vírus novo e, apesar do rápido e crescente volume de evidências científicas sobre ele, ainda há muitas coisas desconhecidas. Se nossas previsões serão confirmadas ou não no futuro, ainda não sabemos. Mas acreditamos que é muito provável que a covid-19 se torne sazonal, como outros coronavírus”, completou o cientista.
Ainda segundo o artigo, o coronavírus deve trazer mais problemas durante o inverno, algo que já acontece com a gripe comum e outras doenças respiratórias. Além disso, o Sars-CoV-2, nome científico do patógeno, ainda não atingiu essa sazonalidade justamente por encontrado pela frente pessoas que ainda são imunologicamente desprotegidas, e por consequência, se propaga muitos mais rápido.
O artigo também afirmou que existem evidências de que a transmissão do coronavírus foi mais acentuada e agressiva no inverno de regiões temperadas, como é o caso da Europa e Estados Unidos, o que indica que o frio e o clima seco são fatores que podem favorecer a infecção.
A sazonalidade de um vírus depende de uma série de fatores, como temperatura, umidade, baixa imunidade diante de alterações climáticas e os hábitos da população, como é o caso de aglomerações, especialmente durante o inverno.
