Borderline: conheça a doença que traz instabilidade emocional extrema

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Durante a exibição do reality rural ‘A Fazenda 12’ na última terça-feira (15), a modelo Raíssa Barbosa recebeu votos de 8 participantes e foi uma das escolhidas para integrar a chamada “Roça”, o que significa que ela poderá ser eliminada na primeira votação aberta ao público.

Logo em seguida, ela se descontrolou completamente na atração da Record TV e chegou a atacar o colega MC Biel com um copo de água.

Mudanças de humor e pré-julgamentos são comuns na maioria das pessoas, mas para algumas, isso chega a níveis extremos.

Isso é borderline, ou limítrofe, um transtorno de personalidade que é considerado um dos mais danosos para as pessoas que o possuem.

Para se ter uma ideia, cerca de 10% dos portadores acabam cometendo suicídio, o que é uma taxa muito alta.

As pessoas afetadas pelo transtorno de borderline geralmente possuem problemas de relacionamentos, já que enxergam as pessoas com um olhar extremista, o famoso “oito ou oitenta”.

As atitudes e falas são interpretadas sempre como muito ruins ou muito boas e a pessoa vive em uma verdadeira montanha-russa emocional, que afeta também aqueles que estão a sua volta.

As reações explosivas e a dificuldade em lidar com frustrações geralmente são confundidas e/ou podem levar a depressão, ansiedade e até alcoolismo e uso de drogas, em casos mais sérios.

Na verdade, o borderline, conforme a própria denominação indica, está na “fronteira”, na linha que delimita vários outros transtornos psíquicos, daí a sua definição ser tão complexa.

Estima-se que cerca de 2% da população mundial seja diagnosticada como borderline, mas o número pode ser bem maior, já que muitos não são diagnosticados.

A ocorrência em mulheres é mais registradas, mas acredita-se que ambos os sexos sejam atingidos de maneira igual, embora o diagnóstico em homens seja menos comum.

Cura e tratamento

Uma das características do borderline que acaba dificultando o tratamento é um senso de “auto sabotagem” inerente a muitos pacientes.

Isso faz com que eles acabem não aderindo aos tratamentos propostos por especialistas ou os abandonem durante o processo. Isso deve ser trabalhado junto com a família e é essencial para uma melhor significativa.

Falar em cura é algo que os especialistas evitam, já que transtornos de personalidade possuem conceitos diferentes para definir os quadros.

Muitos psiquiatras falam em “pequenas curas” que vão sendo somadas e melhoram a qualidade de vida do paciente.

O transtorno também atinge mais os jovens adultos e os sintomas tendem a diminuir consideravelmente com o avanço da idade.



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