A violência obstétrica é uma realidade e nem sempre ela envolve agressões apenas. Um bom exemplo disso é uma prática conhecida como “o ponto do marido”, comum entre muitos médicos obstetras e que causa grande dor e desconforto à mulher.
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Além disso, o costume tem motivações claramente machistas, podendo gerar situações de preconceito e humilhação.
Durante o parto normal, é realizado um pequeno corte na região entre o ânus e a vagina, chamada períneo.
Essa incisão serve para facilitar a saída do bebê, mas precisa ser suturada depois, e é aí que é dado o ponto do marido. Sem o consentimento da mulher, o corte acaba sendo fechado além da conta, tornando a vagina mais estreita.
O objetivo é proporcionar mais prazer ao marido durante as relações sexuais futuras, mas pode causar muita dor e desconforto para a mulher durante o ato.
Dores e ardência são os efeitos mais comuns, mas pode haver danos nos nervos da região, perda da elasticidade do órgão sexual feminino e problemas de incontinência urinária ou fecal.
Além disso, muitas mulheres relatam que durante o processo de sutura, acabam tendo que lidar com comentários invasivos e desrespeitosos por parte de alguns profissionais.
Dessa forma, o dano não é só físico, mas também psicológico, podendo afetar profundamente a vida de uma mulher que acaba de dar à luz um filho, num momento tão especial e delicado da vida.
Ponto do marido pode ser crime
O código de ética médica internacional classifica que realização de qualquer procedimento sem o consentimento do paciente é crime de lesão corporal, devendo ser julgado de acordo com a lei de cada país.
No Brasil, isso se enquadra no artigo 146 do código penal, podendo gerar pena de 2 a 4 anos de prisão para os responsáveis.
A própria episiotomia, o citado corte na região do períneo para facilitar a saída do bebê – e que dá origem ao ponto do marido – tem sido evitado pelas correntes mais modernas da medicina e é usado apenas em situações necessárias.
A mulher precisa ser notificada e concordar com o procedimento, de qualquer maneira.
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