Uma obra de arte de autoria de Anna Leporskaya foi danificada por um segurança entediado em seu primeiro dia de trabalho: ela custava cerca de 740 mil libras esterlinas – ou aproximadamente 5 milhões e 215 mil reais. O caso aconteceu em fevereiro de 2022.
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O quadro mostrava figuras humanas sem um rosto desenhado e, com base nessa informação, fica fácil deduzir o que o segurança fez no quadro.
A obra de arte estava em exposição no Yeltsin Centre, na região de Sverdlovsk Oblast, centro-oeste da Rússia. Um segurança, que não teve seu nome revelado, foi recém-contratado por uma empresa terceirizada e estava em seu primeiro dia de trabalho.
O homem de 60 anos de idade se disse entediado durante a noite e resolveu fazer a brincadeira, que ele não imaginava que custaria tão caro.
O nome do quadro é Três Figuras e ele foi concebido entre os anos de 1932 e 1934 por Leporskaya. Ele faz parte da coleção da Tretyakov Gallery e estava no Yeltsin Centre desde dezembro de 2021, como parte de uma mostra sobre arte abstrata, que conta também com outras obras de arte da mesma artista.
Pelos olhinhos desenhados em dois dos três rostos sem face, o segurança vai pegar um ano de regime corretivo, ou seja, cadeia. Ele também terá que pagar uma multa de 40 mil rublos, o que equivale a pouco menos de 2800 reais, um valor alto para a moeda do país.
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Um outro caso um tantinho parecido – mas não tão caro – também já aconteceu no Brasil: quando o humorista Carlinhos Maia vandalizou um quadro em um quarto de hotel. Ele foi condenado a indenizar a autora em R$ 30 mil, mas a obra não era tão valiosa.
Acontece que essa intervenção nada bem-vinda do segurança em uma obra de arte não é a primeira a causar um prejuízo enorme.
Em 2012, na Espanha, uma senhora de 81 anos resolveu ajudar na restauração da pintura intitulada Ecce Homo, que Elías García Martínez criou no século XIX, mostrando Jesus Cristo diante de Pontius Pilatus em seu julgamento.
O resultado foi nada menos do que catastrófico, provavelmente até maior do que no caso da pintura russa. Não foi possível fazer qualquer tipo de restauração na obra de arte, que permanece guardada agora, sendo impossível de ser exposta ao público, como estava antes, em uma igreja.
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