A Terra tem prazo de validade. Sabemos disso. Aliás, tudo no Universo está programado para acabar daqui algum tempo – inclusive nosso planeta, que formou-se há 4,56 bilhões de anos e comporta vida há 3,5 bilhões de anos.
Ainda vai demorar para que a Terra se torne inabitável ou simplesmente deixe de existir. Isso deve acontecer quando ocorrerem alterações no Sol, que, em algum momento, deve explodir ou ficar mais próximo do nosso planeta. A ação humana com relação ao meio ambiente pode acelerar o processo de extinção de vida por aqui, mas, mesmo com uma “mãozinha”, tomaria alguns milhares de anos até que o planeta azul chegasse ao seu fim.
Quando a Terra estiver próxima de ficar inabitável, o que faremos? Uma versão futurística da Arca de Noé? Uma migração para outro planeta?
Uma recente descoberta feita por astrônomos do European Southern Observatory oferece uma opção interessante. Os cientistas localizaram um planeta muito semelhante à Terra, batizado de Proxima b.
O planeta recém-descoberto já foi apelidado de ‘nova Terra’, em função de sua zona habitável. Quem sabe o Proxima b não seja o nosso futuro?
Confira, abaixo, cinco curiosidades incríveis sobre o Proxima b, a ‘nova Terra’:
1) ‘Boa relação’ com sua estrela
Não estamos de bem com o Sol ultimamente – ou com elementos relacionados a ele. Os problemas relacionados à camada de ozônio, que ajuda a filtrar os raios solares, fazem com que nossa estrela-maior seja vista, às vezes, como perigosa.
Fato é que o Sol tem um prazo de validade de mais 7 bilhões de anos. Depois disso, deixará de existir e afetará todo o Sistema Solar.
Por sua vez, o Proxima b tem uma relação diferente com sua estrela-mãe, a Proxima Centauri: a distância entre os dois astros é mais curta, a Centauri é bem mais fraca que o Sol e provavelmente durará mais do que 7 bilhões de anos.
2) Proximidade com a Terra
O Proxima b não está tão longe da Terra: são 37 trilhões de km, ou 4,2 anos-luz.
Parece longe, mas há outros planetas por aí que foram encontrados por astrônomos sem muita dificuldade. Um dos mais distantes, o GJ 667 C c (da consteção de Escorpião) está a 22 anos-luz de distância daqui.
Ainda é impossível chegar lá, mas com o passar dos anos, a tecnologia também deve se desenvolver e viagens para o espaço devem, sim, se tornar mais fáceis de serem executadas. Daqui alguns milhões de anos, visitar o Proxima b pode ser algo pouco complicado de se fazer.
3) Zona habitável
O Proxima b está na zona habitável da órbita da Proxima Centauri. Ou seja, é muito provável que exista água em estado líquido no planeta em questão.
Para que o Proxima b seja perfeitamente habitável por humanos, é necessário que também exista um campo magnético que proteja o planeta de radiação. Isso pode ser um problema, porque a Proxima Centauri é muito ativa e emite muita radiação.
No entanto, cientistas imaginam que exista um campo magnético na Proxima b e que esse fator não seja tão determinante para que o planeta deixe de abrigar vida.
4) Sem dia e noite
Segundo os estudos feitos até o momento, não existe dia e noite na ‘nova Terra’. Não há rotação, apenas translação por lá.
Isso não afeta tanto a temperatura: o lado com iluminação deve registrar entre 0°C e 30°C, enquanto o escuro deve ter -60°C – algo parecido com a Terra.
5) Céu avermelhado
Outra diferença de destaque é que o céu da Proxima b deve ser vermelho, porque a Proxima Centauri emite uma luz avermelhada.
Por um lado, teríamos quase um por do sol eterno. Por outro, músicas como “Goodbye Blue Sky” (Pink Floyd) e “Céu Azul” (Charlie Brown Jr.) deixariam de fazer sentido.