Albert Einstein previu sensibilidade dos animais a campos magnéticos

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Mesmo 66 anos após sua morte, Albert Einstein continua surpreendendo. Em uma carta ele previu uma descoberta que seria feita anos depois, a respeito da percepção dos animais em relação ao campo magnético da Terra.

O documento foi escrito a um colega engenheiro em 1949, e mostra o físico fazendo uma previsão de forma bastante informal a respeito do comportamento das aves migratórias.

“É possível que a pesquisa sobre o comportamento de aves migratórias e pombos-correio possa um dia levar à compreensão de algum processo físico ainda desconhecido”, escreveu Einstein na carta a Glyn Davis.

A comprovação de que animais como as citadas aves, tartarugas e até cães domésticos possuem esse tipo de sensibilidade só saiu na década de 1970, e o assunto ainda é estudado por pesquisadores.

A carta veio a público recentemente e foi descoberta pela esposa de Davis, falecido em 2011. Ela aparentemente representa uma resposta de Einstein a uma outra carta, perdida, enviada a ele pelo engenheiro.

Os dois conversam a respeito dos estudos de um citado “Sr. v. Frisch”, que se trata de Karl von Frisch, vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia em 1973.

O pesquisador desenvolvida um trabalho a respeito do comportamento das abelhas em relação a estímulos magnéticos.

Sabe-se que Einstein e von Frisch se encontraram cerca de 6 meses antes de a carta a Glyn Davis ser escrita, mostrando que o físico estava familiarizado com o tema da pesquisa, embora não fosse parte de sua área, exatamente.

Sexto sentido

Muitos animais possuem uma sensibilidade ao campo magnético da Terra e se orientam por ele em vários aspectos. Estudos sobre isso surgiram a partir da descoberta do sistema sonar utilizado por morcegos, ainda nos anos 40.

Desde então, é de conhecimento geral que várias espécies possuem esse tipo de capacidade, conforme foi previsto por Albert Einstein na carta.

Até mesmo os humanos possuem algum tipo de receptor de estímulos magnéticos, ainda que muito mais sutil do que em outros animais, como as abelhas, que possuem um intrincado sistema na região do abdômen.

Aves migratórias e cães, por exemplo, dependem de uma proteína específica nos olhos, que lhes dá alguma orientação a respeito do campo magnético.



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