Um grupo de cientistas de vários países conseguiu desenvolver um algoritmo que simula o cérebro humano. O problema é que nenhum computador do mundo consegue rodar esse algoritmo, por ser muito complexo e exigir quantidades absurdas de memória.
A pesquisa envolveu cientistas da Alemanha, Noruega, Suécia e Japão. Todo o sistema é baseado na conexão entre neurônios virtuais, como as células que compõem o cérebro humano. Seriam bilhões de conexões.
O problema é que os cientistas foram capazes apenas de reproduzir 1% da capacidade total do algoritmo, o que já é muito, devido a limitações de hardware. Nem os mais poderosos supercomputadores do mundo poderiam rodar uma simulação desse tamanho em total capacidade.
Um artigo publicado pela equipe de pesquisadores fala sobre a limitação de memória disponível para a simulação. “Ir além do 1% e simular todo o cérebro humano exigiria que a memória disponível para cada processador fosse 100 vezes maior do que nos supercomputadores de hoje”, diz o texto.
Embora o algoritmo não possa ser colocado em funcionamento agora, os envolvidos na pesquisa estão otimistas quanto ao futuro. Isso se dá por conta de algo chamado de “extrema escalabilidade”, o que permitiria a esse algoritmo rodar em proporções muito maiores até do que o equivalente ao cérebro humano, desde que haja máquinas capazes disso, é claro.
O futuro
A descoberta desse algoritmo, mesmo não podendo ser simulado em sua potência total, abre caminho para uma série de pesquisas e descobertas em várias áreas, desde o estudo de distúrbios mentais até o desenvolvimento de inteligência artificial.
A rede de neurônios virtuais nos ajudaria a entender melhor como o nosso cérebro funciona e talvez até curas para doenças como Alzheimer pudessem ser facilitadas por uma simulação como essa.
O desenvolvimento de inteligências artificiais certamente daria um passo adiante, com conexões que permitiriam um processamento ainda mais rápido e preciso.