Pela quinta vez em sua vida, a apresentadora Ana Maria Braga terá de enfrentar uma luta contra o câncer. Durante o programa ‘Mais Você’ da última segunda-feira (27), na TV Globo, a artista anunciou que está com um tumor no pulmão e que já até iniciou o tratamento contra a doença na semana passada.
No caso, Ana Maria Braga revelou que esse novo câncer de pulmão (ela já havia retirado nos tumores do órgão anteriormente) é do tipo adenocarcinoma, que segundo ela, “não é passível de cirurgia ou radioterapia.”
Mas afinal de contas, o que é exatamente esse tipo de câncer de pulmão?
O adenocarcinoma é causado principalmente por tabagismo e poluição. A própria apresentadora foi fumante por vários anos, mas abandonou o hábito após retirar os dois primeiros tumores que teve no pulmão.
Segundo Cristiana Tavares, médica oncologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz de Recife, o adenocarcinoma é um dos dois tipos de câncer de pulmão mais comuns, ao lado do carcinoma epidermoide. Eles representam em torno de 75% dos casos da doença no Brasil e no mundo.
“O adenocarcinoma de pulmão é um subtipo de tumor bastante comum hoje em dia. O fato de ser um adenocarcinoma por si só não o torna mais agressivo. O grande problema, como em qualquer outro câncer, é a extensão da doença. Às vezes, a lesão não é tão grande assim, mas se está em alguns pontos que inviabilizam uma cirurgia”, disse Carlos Henrique Teixeira, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Os primeiros sintomas da doença só surgem quando o tumor está em estágio avançado ou próximo aos brônquios.
“Quando o tumor é inicial, normalmente não dá sintomas. Quando está perto dos brônquios, em uma fase mais tardia ou localizado mais central, pode causar sangramentos pela boca, hemorragia ou tosse com sangramento. O paciente pode ter dor, falta de ar, dificuldade para respirar, tosse frequente e essa tosse pode vir com sangue”, disse Cristiana Tavares.
Ana Maria Braga anunciou que está fazendo um tratamento que envolve quimioterapia e imunoterapia. Hoje em dia, esses tratamentos contra a doença evoluíram consideravelmente e casos de morte reduziram de forma significativa.
“A gente dizia para esses pacientes que tentaríamos um controle, por um tempo difícil de determinar, mas que a cura era um processo mais difícil de se atingir. Agora, com a imunoterapia, alguns pacientes têm conseguido um controle de longo prazo. Como é um tratamento recente, em alguns até desaparece a doença e começamos a pensar sim na possibilidade de cura, ainda remota, mas cada vez mais vislumbrada”, explicou Carlos Henrique Teixeira.