Anak Krakatoa: saiba a história do vulcão que gerou tsunami na Indonésia

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Um tsunami deixou centenas de mortos na Indonésia no dia 22 de dezembro de 2018. As ondas não foram causadas por terremotos, mas sim por um velho conhecido: Anak Krakatoa. O jovem vulcão existe há menos de 100 anos e é resultado da maior explosão já registrada na história da humanidade. Ele continua em atividade e pode ainda causar muitos problemas para quem vive nas imediações.

O vulcão chamado inicialmente apenas Krakatoa, ou Krakatau, no idioma local, era conhecido por ser bastante ativo, gerando problemas frequentes no conjunto de ilhas onde estava localizado. Até que em 1883, ele teve sua última e mais poderosa erupção, que resultou em cerca de 31 mil mortos em toda a Indonésia, embora efeitos tenham sido sentidos em todo o mundo.

O Krakatoa teve quatro explosões em agosto de 1883, sendo que a última delas pôde ser ouvida a 5 mil quilômetros do local, chegando até a costa da Austrália. Marinheiros que trabalhavam em um navio a 64 quilômetros das ilhas tiveram os tímpanos estourados e a onda de choque provocada pela explosão circundou a Terra aproximadamente três vezes e meia, sendo sentida em todo o mundo.

O evento, que resultou em tsunamis em todo o oceano Índico, com marés altas sendo percebidas até mesmo na Inglaterra, foi ainda mais catastrófico na ilha onde o vulcão se localizava, que foi reduzida a cerca de 30% de seu tamanho original. Em 1927, 44 anos após o incidente, começou a surgir a partir da caldeira colapsada um novo vulcão, batizado de Anak Krakatoa, ou Filho de Krakatoa.

Futuro e presente preocupantes

Desde seu surgimento, o Anak Krakatoa tem se mantido bastante ativo, com erupções frequentes “reconstruindo” a ilha onde o vulcão original ficava e que acabou entrando em colapso. Cientistas afirmam que em alguns milhões de anos ele pode vir a ser ainda mais poderoso do que seu “pai”.

O tsunami de 2018 na Indonésia foi provocado por grandes deslizamentos de terra resultantes de atividade sísmica no Anak Krakatoa. Isso impediu que as ondas fossem detectadas com antecedência, como geralmente acontece com tsunamis provocados por terremotos. Com isso, as regiões costeiras foram atingidas de surpresa, resultando em centenas de mortos e milhares de feridos.



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