Apocalipse: relembre as profecias do fim do mundo que não se concretizaram

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O fim do mundo é algo recorrente nos textos religiosos e filosóficos, e a maioria das religiões modernas previu algum tipo de cataclisma final que vai acabar com a civilização humana e o planeta. Há até uma área de estudos específica para isso, a escatologia.

A primeira grande teoria do fim do mundo aconteceu na virada do ano 999 para o 1000, quando até o papa Silvestre II acreditava que a volta de Jesus Cristo iria acontecer. Houve tumulto na Europa e muitos peregrinos foram para Jerusalém esperando a volta do profeta. Nada aconteceu.

No século 19, o pastor norte-americano William Miller pregava que a volta de Jesus Cristo ocorreria em março de 1844. A teoria dele ganhou tração na mídia da época e várias pessoas começaram a se preparar para o inevitável fim do mundo, vendendo suas posses e se direcionando para locais em que Miller dizia que Jesus ia passar. Nada aconteceu. O pastor alegou que calculou errado a data, que a volta do profeta iria acontecer em outubro daquele mesmo ano. Novamente, nada.

Até no Brasil, mais especificamente em Juazeiro do Norte, no Ceará, houve teorias do tipo. Uma seita fundada na década de 1970, chamada Borboletas Azuis, previu o fim do mundo para o dia 13 de maio de 1980. Liderada por Roldão Mangueira, a seita pregava que o planeta acabaria em um dilúvio. Os fiéis seguiram à risca as profecias de Roldão e se desfizeram de todos os seus bens para esperar a data da fatídica catástrofe, que obviamente não aconteceu.

Já Marshall Applewhite, líder da seita norte-americana Heaven’s Gate, afirmava que uma nave espacial viajava atrás do famoso cometa Hale-Bopp e que a Nasa ocultava essa informação do grande público. O suicídio aparecia como a única forma de evacuar a Terra para que as almas dos seguidores pudessem embarcar na nave, evitando a colisão do cometa com o planeta e conhecendo outro nível da existência humana. O líder e outros 38 seguidores se mataram em março de 1997, dias antes da passagem do cometa.

O fim do mundo foi profetizado outra vez com a virada do milênio, desta vez com a chegada do ano 2000. A virada do milênio seria o marco do juízo final, e a tecnologia teria relação com isso. Na década de 1970, imaginava-se que os computadores poderiam entrar em colapso por não saber identificar a diferença entre as datas 1900 e 2000. Esse erro de cálculo levaria ao caos, o bug do milênio, e desencadearia apagões e holocaustos nucleares. Nada aconteceu.

Fim do mundo na década de 2010

As previsões ficaram ainda mais intensas na década atual, de 2010. O radialista norte-americano Harold Camping previu o fim do mundo em uma série de terremotos devastadores a partir de 21 de maio de 2011. Segundo ele, apenas 3% da população mundial iria para o céu. Ao errar a data, ele ‘remarcou’ para 21 de outubro do mesmo ano e alegou que o que ocorreu em maio foi um “julgamento espiritual” que preparava as pessoas para o grande dia. Novamente, nada aconteceu.

Uma das teorias de fim do mundo mais famosas deste século alegava que um cataclisma de proporções bíblicas cairia sobre a Terra no dia 21 de dezembro de 2012, data que coincidia com o fim do 13º ciclo do calendário maia e um suposto alinhamento dos planetas do sistema solar, causando o fim da vida no planeta via colisão com um asteroide, invasão alienígena ou explosão do Sol.

Para 2014, houve outra previsão. Depois de fazerem alguns cálculos, especialistas em mitologia nórdica anunciaram que o Ragnarök, o apocalipse viking, deveria acontecer no dia 22 de fevereiro de 2014. A lenda do fim do mundo na mitologia nórdica diz que o deus Heimdallr tocará a mítica trompa (chamada de Gjallarhorn) para avisar que a batalha final entre os deuses teria se iniciado e o mundo inteiro arderia em chamas enquanto Odin, Thor e os outros deuses nórdicos batalhavam.

Envolvendo a astronomia, o autoproclamado profeta Efrain Rodriguez declarou que um asteroide gigantesco iria colidir com a Terra e, desta maneira, daria fim à humanidade, em algum momento entre os dias 22 e 28 de setembro de 2015. Já em julho de 2016, o fim do mundo seria causado por uma inversão repentina dos polos magnéticos do nosso planeta. Por conta disto, um terremoto de dimensões catastróficas destruiria cada montanha, morro e colina do mundo além de causar o caos tecnológico por conta da inversão.

Agora, o mundo acabaria no dia 23 de abril. Pelo menos foi o que afirmou o numerólogo e autor norte-americano David Meade, que diz que o que o planeta secreto Nibiru – cuja existência a Nasa nega – vai aparecer no céu nessa data e causar uma série de desastres naturais que acabarão com a vida na Terra. Meade também acredita que a história descrita pela Bíblia para o fim do mundo bate com os seus cálculos. Ele já errou a data outras duas vezes, vamos ver se agora vai acontecer alguma coisa.



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