Há 50 anos, os primeiros homens pousavam na Lua em um dos eventos mais importantes da história da humanidade. Mas o que isso mudou para nós nos dias de hoje? A chegada do homem à Lua e o “pequeno passo” de Neil Armstrong afetariam a vida na Terra em questões culturais, políticas e, principalmente, tornariam a humanidade ainda mais ambiciosa em relação à exploração espacial.
O primeiro efeito imediato sentido foi em relação à Guerra Fria. O pouso bem-sucedido na Lua era uma resposta a União Soviética, que havia colocado a primeira pessoa em órbita alguns anos antes. O simbolismo da bandeira dos Estados Unidos fincada em solo lunar era clara: pelo menos até aquele momento, os americanos estavam vencendo o conflito indireto, marcado pela corrida espacial, armamentista e de influências que começou logo após a Segunda Guerra Mundial.
Culturalmente, o mundo também foi alterado para sempre. As imagens de Armostrong e Edwin “Buzz” Aldrin caminhando na Lua, as palavras de Armstrong ao descer e dar o primeiro passo, tudo isso se tornou parte da cultura ocidental moderna. Para se ter uma ideia, antes da Apollo 11, havia uma expressão que dizia “isso é como aterrissar na Lua”, que era usada para se referir a algo impossível de ser feito. Hoje a frase ainda é usada em alguns lugares, mas mudou totalmente de conotação, significando agora algo que é possível de ser alcançado, mas não sem muito esforço e dedicação.
O futuro
Depois da Apollo 11, mais 5 missões levaram o homem para a Lua em um curto espaço de tempo. A última delas, Apollo 17, foi realizada em 1972 e desde então, nenhum ser humano foi até a Lua. No entanto, isso não significa que o interesse da humanidade pelo desconhecido diminuiu, muito pelo contrário.
Nos tempos atuais, onde a exploração espacial é mais trabalhada pela iniciativa privada do que por governos, a Lua ainda é objeto de interesse, mas talvez tenha se tornado próxima, palpável demais. Os esforços atualmente estão concentrados em alcançar Marte, nosso vizinho mais próximo. Missões para a Lua devem acontecer ainda na próxima década, mas ela, que era o objetivo final em 1969, agora poderá servir como mero trampolim para o Sistema Solar.