Cygnus X-1 era conhecido como um sistema estelar binário, mas com o tempo, percebeu-se que era um buraco negro. E agora, sabemos, muito maior do que se imaginava inicialmente.
Uma nova rede de telescópios dos Estados Unidos conseguiu medir a massa do objeto com mais precisão, e ele é razoavelmente maior do que a estimativa original, com a massa equivalente a 21 sóis.
Inicialmente, acreditava-se que o buraco negro de Cygnus X-1 possuía o equivalente a 15 sóis em massa, o que já é uma quantidade grande, mas agora, com instrumentos de detecção mais potentes e modernos, sabemos que o número certo é 21.
A medida é feita com base nos raios X emitidos pelo objeto, que suga continuamente o vento solar expelido pela estrela que o circunda.
Além da massa do buraco negro, foi possível calcular melhor também a sua distância em relação ao nosso Sistema Solar.
Anteriormente, acreditava-se que Cygnus X-1 estava localizado a 6100 anos-luz da Terra, mas agora sabemos que o local fica a 7200 anos-luz, bem mais longe do que já se achava. A nova medida também é fruto dos instrumentos mais modernos usados nos telescópios.
As novas informações sobre Cygnus X-1 devem mudar a forma como entendemos a formação de estrelas e de buracos negros.
Ele é definitivamente grande, mas ninguém consegue explicar, por enquanto, como conseguiu já nascer com essa massa, enquanto ainda está recebendo energia da estrela vizinha.
Sistema binário de uma estrela só
Na década de 60, observou-se que uma estrela na constelação do Cisne poderia ser um sistema binário, composto por duas estrelas.
Mas na verdade, havia algo estranho, já que uma dessas estrelas emitia também raios X. Com o tempo, foi sendo revelado que ela também tinha uma massa grande, porém era compacta, menor do que a Terra.
Um objeto de tamanha densidade só poderia ser algo que era teorizado há alguns anos, o chamado buraco negro.
Dessa forma, teorias foram provadas, e Stephen Hawking, que não acreditava que Cygnus X-1 era um buraco negro, acabou perdendo uma aposta.