Carne de laboratório: alimento pode não vir mais de animais no futuro

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Cada vez mais, a ciência tenta dar uma nova “cara” para a carne que nós comemos. Nas últimas décadas, as alternativas aumentaram e deixaram de ser baseadas apenas em hambúrgueres de soja que pouco lembravam qualquer tipo de carne.

E como forma de impulsionar esse novo mercado de carnes alternativas, a multinacional americana Tyson Foods anunciou, no início desta semana, que aumentou seus investimentos no projeto Beyond Meat, uma empresa, com base na cidade de Los Angeles, que produz hambúrgueres que parecem feitos de carne bovina, mas, na realidade, são originários de plantas.

O projeto Beyond Meat já vende seus hambúrgueres em 5 mil lojas e 4 mil restaurantes espalhados pelos Estados Unidos. E esse aumento de investimentos da Tyson Foods pode injetar ainda mais ânimo em um mercado que está em crescente crescimento: o jornal The Wall Street Journal divulgou que essas opções alternativas alcançaram a marca de US$ 700 milhões em vendas no ano de 2016.

É não é apenas a Tyson Foods que deseja aumentar seus investimentos na carne alternativa. Bill Gates, criador da Microsoft e homem mais rico do mundo, e o magnata Richard Branson já realizam investimentos nesse tipo de tecnologia.

E até mesmo nações também fazem investimentos dessa natureza. China e Israel, por exemplo, já investem US$ 300 milhões por ano nesse mercado.

E qual é o futuro da carne alternativa?

Em um mundo no qual o número de adeptos de dietas livres de carne, como o vegetarianismo, só aumenta, o mercado de carnes alternativas cresce cada vez mais. Uma outra opção que deve estar disponível em breve são as carnes desenvolvidas em laboratório.

Como seu próprio nome já diz, esse tipo de carne “cresceria” dentro de laboratórios, ao invés de ser originária de animais abatidos. E outros tipos de inovação continuam a surgir, como o uso de microalgas.

Independente do método utilizado, o maior desafio que cientistas possuem no momento é criar uma carne alternativa com a mesma textura e sabor da original. A escolha se dá por motivos éticos que cercam o abate de animais, principalmente, algo que fez muita gente se tornar adepta do vegetarianismo/veganismo.

Além disso, essa alternativa também se dá por questões ecológicas, pois a criação de gado é, teoricamente, extremamente prejudicial para o ambiente. Por exemplo, estima-se que são necessários pouco mais de 500 litros de água para produzir um simples bife ou hambúrguer bovino. E para a produção de um grama de carne, é preciso de um metro quadrado de terra, o que lança 221,6 gramas de dióxido de carbono no céu. E nesse caso, estamos falando de um único exemplar de gado, sendo que uma fazenda pode criar centenas de cabeças.

Assim, independente se você gosta da ideia ou acha isso uma besteira, pode ser que você precise comer carne desenvolvida em laboratórios ou oriundas de plantas cada vez mais. E pode ser por necessidade.

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