Cidade no Canadá está enlouquecendo com barulho misterioso há 8 anos

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Windsor é uma cidade na fronteira do Canadá com os Estados Unidos. Seus moradores sofrem há 8 anos com um som grave do qual não se sabe a origem exata, embora haja uma quase total certeza de que ele vem do outro lado da fronteira.

O som é extremamente grave, medido em 35 Hz e tem um ritmo, como se viesse de uma hélice ou motor. É percebido mais como uma vibração que faz tremer janelas, assusta cães e gatos, perturba as pessoas e começa do nada, sem nenhum aviso prévio, podendo durar desde alguns minutos até dias seguidos.

Os moradores simplesmente não aguentam mais o incômodo. “Você sai para cortar a grama do jardim, ou para tomar um pouco de sol, e o barulho está sempre lá”, disse um homem em entrevista ao jornal The Guardian em 2016.

O maior medo dos habitantes é que a vibração acabe danificando a estrutura das construções. Alguns afirmam sentir enjoos constantes. “Já pensou deixar de vez tudo que você conhece e ama só para não ter nada vibrando no seu ouvido por horas a fio?”, afirmou uma moradora que cogitou seriamente mudar de cidade por causa do som.

Cientistas e autoridades não conseguem identificar a origem exata do ruído, mas têm certeza de onde ele vem. A origem do incômodo é a ilha Zug, no rio Detroit.

Barulho importado

Windsor fica às margens do rio Detroit, que faz a fronteira entre Estados Unidos e Canadá. Do Na outra margem fica a cidade que tem o mesmo nome do rio, entre as cidades, fica a ilha Zug, um polo industrial.

A ilha pertence à River Rouge, cidade da região metropolitana de Detroit. Nela, funcionam as instalações da companhia siderúrgica U.S Steel, a principal suspeita do misterioso som. Ou seja, o barulho que incomoda o Canadá, muito provavelmente tem origem nos Estados Unidos.

A U.S. Steel não se pronuncia sobre o assunto e regula o acesso à ilha de Zug. O processo para identificar a causa do ruído é demorado e burocrático, por se tratar de um problema internacional.

Por isso, para fazer a siderúrgica colaborar, as autoridades estudam a possibilidade de não processá-la caso as instalações da indústria sejam mesmo a causa do som.



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