Cientistas criam tecido cardíaco capaz de bombear sangue igual ao real

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Se você se impressiona cada vez com os tecidos humanos que estão sendo criados por cientistas em laboratório, prepare-se para ficar de queixo caído com a nova invenção do momento: um tecido cardíaco que é capaz de bombear sangue da mesma forma que o real. A descoberta foi publicada no periódico Stem Cell Reports.

Pesquisadores da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, conseguiram recriar o átrio, a cavidade do coração responsável por bombear o sangue para os ventrículos, que logo em seguida, impulsiona o sangue para o resto do corpo.

Esse tecido cardíaco artificial é capaz de reproduzir os batimentos e também responde ao efeito de medicamentos da mesma forma que o real, o que mostra como que a invenção pode ser importante para contribuir para o entendimento de doenças do coração no futuro.

Esse tecido cardíaco artificial foi criado a partir de um método chamado de células-tronco pluripotentes induzidas (hiPSC, na sigla em inglês), que se trata de células tronco geradas diretamente de células adultas que são induzidas a se transformarem em outras dos mais variados tipos.

“Essa é a primeira vez que tecido cardíaco do átrio humano foi gerado em vitro, a partir de uma fonte ilimitada de hiPSCs. Isso pode ser útil tanto para laboratórios acadêmicos quanto para a indústria farmacêutica”, explicou Marta Lemme, da Universidade de Hamburgo.

A chave da pesquisa foi o uso do medicamento tretinoína, também conhecido como ácido trans-retinóico, que foi usado para transformar as células-tronco adultas neste tecido cardíaco.

A pesquisa deve contribuir, principalmente, para os estudos da arritmia, problema cardíaco que causa batimentos irregulares, que pode aparecer de várias formas. A enfermidade pode causar tonturas, cansaço e falta de ar.

Apesar de parecer algo incrível, esse tecido cardíaco ainda pode ser melhorado, segundo os pesquisadores.

“Melhoras ainda podem ser realizadas para alcançarmos um nível ainda maior de semelhança com o tecido humano atrial. Para nós, o próximo passo é testar vários meios de induzir uma arritmia e testar novas drogas em potencial”, disse Marta Lemme.

 

 



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