Cientistas revelam novas informações sobre o asteroide que “invadiu” nosso sistema solar

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Recentemente, cientistas da Universidade do Havaí descobriram o primeiro asteroide oriundo de outro sistema solar e revelaram a desoberta para o mundo no final de outubro. Agora, após alguns estudos e pesquisas sobre o corpo, os responsáveis pela descoberta afirmam que se trata de um asteroide bem diferente do comum.

O asteroide recebeu o nome oficial de “Oumuamua” e possui 400 metros de diâmetro e um formato alongado, semelhante ao de um cigarro, algo jamais visto em um corpo celeste semelhante.

Quando foi descoberto, no final de outubro, astrofísicos logo perceberam se tratar de um “estranho” em nosso sistema solar, por conta de sua trajetória e velocidade, e que deveria ser originário de outra estrela vizinha. Observações preliminares acreditaram ser um cometa, mas logo foi descoberto que se tratava de um asteroide.

Essa, inclusive, foi a primeira vez que um corpo originalmente identificado como um cometa teve sua classificação modificada para asteroide.

Uma outra informação muito interessante a respeito de Oumuamua é que cálculos iniciais apontaram que o asteroide pode ter vindo de estrela Vega, que fica dentro da constelação de Lira, distante 25 anos-luz do nosso sol.

No entanto, mesmo viajando a incrível velocidade de 95 mil km/h, seriam necessários 300 mil anos para que chegasse até a Terra. E além disso, Vega não estava no mesmo local em que se encontra atualmente.

Essa informação sugere que Oumuamua já pode estar viajando pelo espaço há centenas ou até milhões de anos.

“Por décadas, teorizamos que objetos interestelares existiam, e agora – pela primeira vez – temos uma evidência direta de que existem. Essa descoberta histórica abre uma nova janela para o estudo da formação de sistemas solares além do nosso”, disse o astrofísico Thomas Zurbuchen, da NASA.

Além das informações citadas acimas, vários dados enviados pelos telescópios que começaram a observar Oumuamua mostraram que ele é um asteroide mais brilhante que qualquer outro já encontrado em nosso sistema solar.

“Essa variação incomum em seu brilho significa que o objeto é altamente alongado: 10 vezes mais longo do que largo, com um formato complexo e torcido. Também descobrimos que possui um coloração avermelhada, semelhante a outros objetos do sistema solar, além da confirmação de que é completamente inerte”, disse Karen Meech, astrônoma da Universidade do Havaí.

Essas informações implicam que o asteroide é feito com material denso – possivelmente rochas ou algum metal – e não possui gelo ou água. Já essa coloração avermelha pode ser fruto da radiação cósmica que o afetou durante os milhares de anos  em que está viajando pela Via Láctea.

Oumuamua deve passar próximo da órbita de Júpiter em maio de 2018 e de Saturno em janeiro de 2019. Serão ótimas oportunidades para conseguir mais informações sobre o asteroide.

Fonte: Live Science
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