O coala é um dos animais mais simpáticos do mundo, especialmente na Austrália, terra de fauna tão diversa e nem sempre tão amistosa. Acontece que a mansidão do coala pode ter sido crucial para o seu destino, já que a espécie foi declarada de forma oficial como funcionalmente extinta, isso é, ainda existem exemplares desses animais, mas não o suficiente para perpetuar a espécie.
A extinção funcional foi declarada pela Australian Koala Foundation (AKF), uma entidade que trabalha na tentativa de preservação de um dos animais símbolo do país. Segundo a AFK, a população de coalas na Austrália hoje não é conhecida, mas certamente é inferior a 80 mil. Essa quantidade indica que a espécie não tem como se reproduzir de forma a se manter durante os próximos anos, ou seja, a extinção total é iminente.
As principais causas para o desaparecimento do coala são os desmatamentos das grandes florestas de eucalipto, árvores que fornecem as folhas que representam quase a totalidade da dieta desses animais. As mudanças climáticas também possuem grande culpa pela situação dos coalas. A Austrália já é um lugar quente e nos últimos anos tem sofrido com verões ainda mais insuportáveis, o que certamente colaborou para a diminuição drástica da população de coalas.
Ainda há esperança?
Existe alguma esperança, ainda que pequena. O fato de que o coala está funcionalmente extinto, indica que ainda existem exemplares, mas a quantidade é tão pouca, que os encontros na vida selvagem são bem mais raros e dessa forma eles acabam se reproduzindo menos. Se nada for feito, a espécie deve se extinguir de fato nos próximos anos.
Entidades como a AKF e cientistas do mundo inteiro agora correm contra o tempo para tentar desenvolver alguma medida que possa salvar o animal símbolo da Austrália. A reprodução dos coalas deve ser estimulada de alguma forma, para que possam se multiplicar e voltar a povoar as florestas de eucalipto.