Quase todo mundo já viu um cupinzeiro, ou murundu, como são chamados em algumas regiões no Brasil. Porém, uma dessas colônias de cupins ocupa uma área equivalente ao tamanho da Grã-Bretanha, em uma obra que pode ser descrita literalmente como “faraônica”, tanto em tamanho e complexidade como também em idade.
A imagem é famosa: geralmente em um campo aberto, é possível ver morros de terra que variam bastante em altura. São identificados como ninhos e “casas” de cupins, o que já é um erro em si. Ao contrário de colmeias de abelhas, os cupinzeiros são na verdade a terra que resulta das escavações dos cupins, já que a colônia fica, na verdade, abaixo do solo. Sabendo disso, é possível ter uma ideia ainda melhor de como a coisa funciona e sim, é muita terra.
Mas nada supera uma colônia de cupins localizada entre os estados da Bahia e Minas Gerais. Trata-se de uma verdadeira floresta de murundus, com cerca de 200 milhões de montes de terra que alcançam até 2,5 metros de altura, com um espaçamento quase padronizado, de aproximadamente 20 metros entre eles. Isso faz com que ocupem uma área de 230 mil quilômetros quadrados, pouco mais do que a área da Grã-Bretanha.
Obra faraônica
Se a comparação parece exagero quando pensamos que se trata de uma simples colônia de cupins, vale a pena analisar os números. Cada um dos 200 milhões de murundus possui aproximadamente 50 metros cúbicos de terra, o que indica que os cupins escavaram pelo menos 10 mil metros cúbicos de terra. Isso seria suficiente para construir 4 mil pirâmides como as de Gizé, no Egito.
A colônia de cupins também quase alcança as pirâmides em idade. Após analisarem amostras do solo escavado pelos insetos, cientistas concluíram que a obra começou a ser feita há aproximadamente 3800 anos. E continua operando a todo vapor.