Como a ciência explica similaridades entre humanos, vulcanos e outras raças sci-fi?

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A vida humana semeada em outros planetas por uma civilização extraterrestre poderia explicar por que tantos dos alienígenas fictícios – como em Star Wars, Mass Effect, Halo, Star Trek e afins – se assemelham a homens e mulheres humanos.

Depois de estudar cenas de vários shows e filmes, um biólogo evolucionário postulou que a distribuição de formas de vida terrestres poderia ajudar a explicar algumas das semelhanças entre Kirk e Spock. “Este modelo ignora coisas como a diferença na colocação do coração – talvez improvável – ou o cobre vulcano em vez do ferro no sangue – também improvável”, disse Mohamed Noor, biólogo evolucionista da Duke University, na Carolina do Norte. “Mas o princípio geral é mais provável do que a noção de que a espécie evoluiu independentemente até parecer quase a mesma após bilhões de anos”. Noor apresentou os resultados de sua pesquisa na Atlanta’s Dragon Con

As sementes da humanidade

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A vida na Terra pode não ter se originado no próprio planeta. Os cientistas há muito consideram a possibilidade de “panspermia”, a ideia de que a vida do nosso planeta veio do espaço exterior e, após a deriva não planejada pro ambiente habitável, o material dessa semente pode ter desenvolvido a vida como a conhecemos hoje.

Uma ideia semelhante foi investigada em um episódio de Star Trek: The Next Generation. Em “The Chase” – Temporada 6, Episódio 20 -, foi revelado que uma antiga espécie alienígena chamada “Preservadores” semeou muitos planetas com o mesmo material genético. Ao longo de bilhões de anos, plantas, animais e humanoides semelhantes se desenvolveram numa variedade de mundos de acordo com a história apresentada no episódio.

Mas Noor não compra essa ideia. “Parece bom, mas de jeito nenhum.” Mesmo com as mesmas condições iniciais, disse ele, a probabilidade de plantas e animais com aparências semelhantes – e espécies como vulcanos, capazes de se reproduzir com seres humanos – se desenvolverem em múltiplos mundos a partir de apenas material genético é incrivelmente baixa. Com a passagem de tanto tempo, os vários mundos evoluiriam criaturas muito diferentes umas das outras. “Pelo seu modelo [da série], estamos literalmente mais estreitamente relacionados com a grama ou uma ameba do que somos a um vulcano”, disse Noor. “Eu não me imagino tendo filhos com essas outras espécies.”

Em vez disso, Noor propôs que a semeadura ocorreu muito mais recentemente do que retratado no episódio. Se o antepassado humano Homo erectus, juntamente com plantas e outros animais, foram “semeados” pelos Preservadores há apenas um milhão de anos – em vez do bilhão proposto – e foram semeados em planetas como Vulcano, as formas de vida resultantes poderiam ser mais estreitamente relacionadas. “Exigiria uma versão extrema da Terraformação, mas do ponto de vista biológico, pelo menos, é possível”, disse Noor.

Enquanto isso, os indivíduos Homo erectus que permaneceram na Terra poderiam ter evoluído pra seres humanos, enquanto aqueles em Vulcano evoluíram pra se tornarem os pontiagudos altivos. “As duas espécies modernas seriam certamente parecidas, mas é provável que haveria algumas diferenças físicas”, disse Noor, apontando pras orelhas e sobrancelhas incomuns dos vulcanos. A estreita relação genética entre os diferentes descendentes do Homo erectus poderia até mesmo permitir que eles produzissem um filho nascido de ambos, como o Spock meio humano, meio vulcano.

Beijando irmãos

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Como fã de longa data de Star Trek, Noor tem examinado a precisão da série. Na faculdade, ele e seus professores brincavam sobre as explicações científicas inviáveis apresentadas em The Next Generation, a série no ar na época. Pra se preparar pra sua apresentação na Dragon Con, Noor passou tempo revendo vários episódios de várias séries pra depois discutir sua ciência com biólogos e químicos. “Acho que a ideia de tentar imaginar o que a vida no espaço poderia ser é fascinante”, disse ele. “Eu realmente gostei de pesquisar isso.”

Se a vida humana no universo Star Trek fosse semeada em vários planetas, a Terra seria a fonte original mais provável, disse Noor. Isso ocorre porque as formas de vida na Terra estão claramente relacionadas entre si de maneira hierárquica. Os seres humanos estariam mais intimamente relacionados com alienígenas como os romulanos e os klingons do que com os chimpanzés. Confirmar isso seria “notavelmente fácil” pra um biólogo evolucionário. Ao comparar amostras de DNA de outros alienígenas com os de terráqueos, os biólogos seriam capazes de descobrir a estreita relação genética entre eles, o que poderia facilmente excluir a ideia de panspermia aleatória e não dirigida.

“Podemos até mesmo ser capazes de inferir aproximadamente quantos anos atrás isso aconteceu com a diferença na sequência de DNA”, disse Noor.

Fonte: http://www.livescience.com/57359-star-trek-alien-evolution.html

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