Claro que nós não desejamos que isso aconteça agora, mas por um acaso, já imaginou o que seria preciso para destruir a Terra? Por incrível que pareça, existem três passos que não são lá muito complicados de se seguir (ao menos, na teoria) para fazer isso com um corpo tão grande como nossa casa.
Essa brincadeira foi proposta pelo astrônomo Paul M. Sutter, da Ohio State University, nos Estados Unidos. Quando se fala de destruição da Terra, estamos falando da completa obliteração do planeta, desde a superfície até seu núcleo, e não apenas do extermínio de qualquer tipo de vida.
Confira abaixo os três passos propostos pelo astrônomo.
1º passo: não errar na matemática
Primeiramente, o nosso planeta é sustentado pela gravidade. Pense que a Terra é uma imensa cebola, mas feita de rochas, e que cada camada está colada na outra, a partir do núcleo, graças a ação das forças gravitacionais. Se nós somarmos todas essas camadas, a Terra tem um peso estimado de 5,972 x 10^24 kg.
Com algo tão pesado e maciço, destruir cada camada dessa “cebola” é o primeiro grande passo para destruir o planeta por completo. Além disso, uma explosão precisaria ser forte o suficiente para enviar as rochas e o magma até o espaço sem que eles sejam empurrados de volta para o centro, justamente por conta da ação da gravidade.
E isso não é lá uma tarefa muito fácil, pois já é um pouco difícil fazer com que um foguete, que pesa apenas algumas toneladas, supere a força da gravidade e vá para o espaço.
No entanto, após o início desse processo, tudo ficaria um pouco mais fácil. Cada quilograma enviado para o espaço significa um quilograma a menos que está influenciando o próximo quilograma. Conforme a Terra é “descascada” a cada camada, a força gravitacional fica mais fraca e a tarefa fica mais tranquila de ser realizada.
A energia necessária para conseguir realizar esta tarefa está na casa de 10^32 joules.
2º passo: encontrar uma fonte de energia
Como você notou, essa é uma quantidade praticamente infinita de energia. Para se ter uma ideia disso, em 2013, a humanidade gastou um total de 10^20 joules de energia, entre queima de lenha, motores, televisões, aparelhos eletrônicos, entre outros. Mesmo se desviarmos toda a energia de hidrelétricas, usinas nucleares, painéis solares e fazendas de vento apenas para acumular essa energia, seria preciso fazer isso por um trilhão de anos para chegarmos a esse número.
E no fundo, isso não adiantaria nada. Afinal, o Sol deve crescer e consumir nosso planeta daqui a cinco bilhões de anos.
Falando no Sol, será que ele não é essa fonte de energia que poderia destruir a Terra? Afinal, nossa estrela consome 4 milhões de toneladas de hidrogênio, o funde com o hélio e libera essa energia em forma de radiação, tanto que ela já é consumida por algas e plantas há bilhões de anos. Mas ainda seria o necessário para realizar essa tarefa?
3º passo: esperar (e muito tempo)
Mesmo se você cobrir toda a superfície da Terra com painéis solares e que eles absorvam 100% da radiação solar, ainda seria preciso esperar 18 milhões de anos para coletar a energia necessária. Sim, é menos tempo que os 5 bilhões de anos que o sol levará para consumir o planeta, mas ainda assim, seria uma espera muito longa.
Ainda assim, apenas uma pequena fração da energia solar atinge a Terra diariamente. Agora, se existisse uma forma de capturar toda a energia liberada pelo Sol, seria necessário aguardar apenas uma semana para coletar a energia necessária para a destruição da Terra.
Como sabemos que não existe nenhuma forma de fazer isso, essa é uma tarefa que levaria milhares a trilhares de anos para ser concluída. Ou seja, se você é maléfico ao ponto de querer ver isso acontecer, de uma forma ou de outra, nem mesmo milhares de gerações de sua família teriam a oportunidade de testemunhar de ver a destruição da Terra. A paciência teria de ser uma grande virtude.