Desde que o espaço começou a ser observado, a pergunta que mais fazemos é se estamos sozinhos no universo ou se existe vida alienígena. Recentemente, uma equipe de cientistas britânicos afirmou ter encontrado fragmentos de célula em um balão que voou sobre a nossa atmosfera. Segundo os estudiosos, essa pode ser a prova de que há vida fora da Terra.
Embora esse assunto seja bastante controverso no meio cientifico, pesquisadores têm vindo a público para apresentar provas de que não estamos sozinhos no universo. Confira, na lista a seguir, as cinco principais afirmações científicas mais ousadas sobre vida alienígena:
5. Micróbio ‘alienígena’ em meteorito
Em um artigo publicado em março de 2011, o cientista da NASA Richard Hoover afirmou ter encontrado evidências fósseis de cianobactérias em meteoritos carbonosos vindos do espaço. Hoover observou fatias de meteoritos através de varreduras feitas com microscópios eletrônicos e identificou filamentos e estruturas que, segundo ele, se assemelham a pequenas algas unicelulares.
Alguns cientistas ficaram céticos quanto à descoberta de Hoover – em parte porque o estudo foi publicado em uma revista de cosmologia de reputação duvidosa. Outros estudiosos disseram que a pesquisa foi conduzida de forma minuciosa, mas que ainda era muito cedo para dizer com certeza se a alegação era segura.
4. Resultados das sondas Viking
Em 1976, duas sondas Viking da NASA pousaram na superfície de Marte e fizeram uma série de experimentos biológicos. Entre os testes realizados, estavam a coleta de amostras do solo marciano para testar compostos orgânicos e assinaturas biológicas que podem indicar a presença de microrganismos.
As sondas encontraram poucas evidências de sistemas orgânicos, mas os experimentos realizados bordo da sonda pelo sistema Labeled Release (LR) localizaram um agente reativo no material da superfície de Marte, que produzia um aumento no dióxido de carbono. Gilbert Levin, o engenheiro que projetou o sistema LR, concluiu que esta atividade foi desencadeada por microrganismos que vivem no solo marciano. No entanto, esta interpretação não tem sido amplamente aceita pela comunidade científica.
3. Arbustos em Marte vistos por Arthur C. Clarke
Considerado como um dos mestres da ficção científica, o escritor Arthur C. Clarke, famoso por escrever o romance “2001: Uma odisseia no espaço”, se tornou alvo de noticias ao afirmar, em 2001, que as fotos que tinham retornado da sonda norte-americana Mars Global Surveyor mostravam evidências de árvores e arbustos em Marte.
A NASA alegou na época que as fotos, tiradas pela sonda na região norte do polo marciano, mostravam apenas sinais de processos de degelo que não estamos acostumados a ver. Houve muita polêmica a respeito do assunto, envolvendo até outras imagens. O Planeta Vermelho prosseguirá alimentando controvérsia e discussões acaloradas sobre vida alienígena, mas, neste caso, parece que Arthur C. Clarke estava errado.
2. Canais de Marte
A ideia de que Marte tem uma complexa rede de canais foi apresentada pela primeira vez em 1877, pelo astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli. Mais tarde, essa ideia foi popularizada pelo astrônomo Percival Lowell, que fez desenhos intrincados do que chamava de canais baseados em observações feitas por ele, no seu observatório em Flagstaff, Arizona, nos Estados Unidos.
A ideia ganhou relativa aceitação até o início do século XX, quando observações astronômicas melhoradas revelaram que os “canais” eram ilusões óticas de formações geológicas.
1. Meteorito de Allan Hills
Em 1996, cientistas anunciaram que haviam descoberto evidências de vida microbiana fossilizada em um meteorito de Marte, que havia atingido as cordilheiras de Allan Hills, na Antártida. O alvoroço foi tão grande que o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, fez até um discurso nacional sobre a nova informação.
Após uma análise mais aprofundada, muitos especialistas afirmaram que o meteorito de Allan Hills pode ter sido criado a partir de processos não-vivos.
A evidência ainda é alvo de debate e a rocha espacial continua a ser tema de investigação, mesmo nos dias de hoje.