Acusadas de terem parte com o Diabo ou simplesmente serem consideradas uma ameaça à sociedade convencional, as Bruxas há muito tempo vem despertando a imaginação das pessoas. Hoje, enquanto muitas são vistas como ícones feministas, outras tiveram seus nomes ligados à morte e a destruição.
Aqui estão seis das bruxas mais famosas ao longo da história:
1. Alice Kyteler
Sendo a primeira mulher oficialmente condenada por bruxaria na Irlanda, Alice Kyteler viveu do final de 1200 à início de 1300. Kyteler casou-se quatro vezes, o que já a marcava como uma mulher infame na época. Após a morte de seu quarto marido por suspeita de envenenamento, seus filhos e os filhos de seus três maridos anteriores a acusaram de usar veneno e feitiçaria contra seus pais. Ela foi acusada de inúmeros atos depravados, como sacrifícios de animais, adoração ao diabo e uso de “poderes para manipular e controlar muitos cristãos”. Torturada pelas autoridades da Igreja, uma de suas criadas, Petronella de Meath, confessou que Kyteler era uma praticante de bruxaria. O que fez com que Kyteler fugisse do país, presumivelmente para a Inglaterra. Desde então, nunca mais se ouviu falar dela.
2. La Voisin
Catherine Monvoisin, também conhecida como La Voisin, viveu na França em meados de 1600. Além de praticar medicina (incluindo obstetrícia e aborto), La Voisin também praticava adivinhação e criava poções e venenos. Mas sem duvida o que mais a destacava como uma bruxa, era o ritual cerimonial de magia negra, conhecido como “Missa Negra”, que ela fazia, onde, supostamente, seus clientes podiam conversar com o Diabo. Ela também foi uma das cabeças do “Affaire des Poisons”, um culto que envenenou muitos membros da aristocracia francesa na época, e que tinha como plano, envenenar o rei da França, Luis XIV. Sua cliente mais famosa era a Madame de Montespan, a amante do rei. Foi por ordem de Montespan que La Voisin tentou envenenar o rei, por conta de sua infidelidade.
No final da década de 1670, o medo de envenenamento e feitiçaria atingiu seu ápice nas ruas da frança, e muitas cartomantes e envenenadoras bem sucedidas, incluindo La Voisin, foram presas. Em 1680, La Voisin foi queimada publicamente depois de ser condenada por feitiçaria.
3. Isobel Gowdie
Condenada e executada por bruxaria em 1662, Isobel Gowdie confessou em detalhes e por vontade própria o que fazia – sem precisar ser torturada como tantas outras bruxas de seu tempo. Gowdie era uma jovem dona de casa que vivia na vila de Auldearn, Highland, Escócia. Suas confissões sobre as atividades de seu Conciliábulo (grupo de bruxos), incluindo sua suposta habilidade de se transformar em animais, deram uma grande visão do folclore europeu que cercava a bruxaria naquela época. Ela também afirmou ser uma “considerada” da Rainha das Fadas, em sua casa “sob as colinas”. Alguns especulam que a confissão de Gowdie pode ter sido o resultado de uma psicose, ou uma estratégia para que ela obtivesse uma sentença mais branda.
4. Moll Dyer
Se você já assistiu ao filme Found Footage “A Bruxa de Blair” de 1999, então você já está familiarizado com a lenda da infame Moll Dyer. Embora sua história seja mais uma superstição popular do que um fato verídico, esta suposta moradora da cidade americana de Leonardtown, Maryland, foi a inspiração de muitos contos locais e até mesmo de grandes filmes. Dyer morreu quando um grupo de cidadãos, que a acusavam de bruxaria, a arrastaram para fora de sua casa em uma noite de inverno. Seu corpo foi encontrado dias depois, congelado em uma rocha.
Existem muitos relatos de que seu espírito maligno ainda assombra os arredores de sua cabana abandonada, aterrorizando qualquer um que se aproxime.
5. Marie Laveau
Recentemente, interpretada pela atriz Angela Bassett na série “American Horror Story: Coven”, Marie Laveau é descrita mais precisamente como uma sacerdotisa Voodoo. Marie viveu em Nova Orleans de 1794 a 1881. Embora, pouco se sabe sobre sua vida, é de conhecimento popular que ela tinha muitos seguidores e empunhava respeito quando caminhava pelas ruas da cidade Nova Orleans. Há especulações de que sua magia mistura tradições espirituais católicas e africanas, e que suas adivinhações eram apoiadas por uma rede que ela mesma montou enquanto trabalhava como cabeleireira e um bordel. Mas a coisa mais notável, era sua cobra, que ela chamava de Zombi. Depois de sua morte, seu túmulo começou a ser constantemente depredado, pois muitos acreditavam que o espírito de Laveau lhes concederiam desejos se eles desenhassem um “X” em sua lápide. Hoje, existe um guia turístico para entrar no cemitério onde ela está sepultada.
6. Dion Fortune
Nascida em 1890 com o nome de Violeta Mary Firth, Dion Fortune foi uma ocultista e autora britânica. Considerada por muitos como uma bruxa moderna, Fortune escreveu inúmeros livros sobre ocultismo, tanto obras de ficção, quanto não-ficção. Em 1924, ela fundou a “Fraternidade da Luz Interior”, uma sociedade mágica sobre filosofia religiosa e realidades alternativas. Ela morreu em 1946, deixando para trás sua fraternidade, que ainda existe até os dias de hoje. Dion Fortune é considerada por muitos como a principal figura feminina do ocultismo britânico.