Gente do nível de Bill Gates, Jeff Bezos e Carlos Slim seria considerada “classe média” perto de Mansa Musa, imperador do Mali no século XIV, que detém até hoje o título de homem mais rico da história. Sua fortuna é incalculável e rendeu episódios interessantes, como quando ele provocou uma inflação no Egito que durou 12 anos, apenas por distribuir presentes no Cairo.
Nascido Musa Keita I, ele assumiu o título de Mansa, que significa rei ou imperador na língua local, no ano de 1312. Ele expandiu o império do Mali até o máximo de suas fronteiras, que incluíam locais onde hoje estão Senegal, Nigéria, Gâmbia, Guiné e outros países além do próprio Mali, em uma área de aproximadamente 1,2 milhões de quilômetros quadrados. Esse era o império mais rico da região especialmente devido a dois produtos: ouro e sal.
Em 2015, a revista Money elaborou uma lista das pessoas mais ricas da história e Mansa Musa ocupou o primeiro lugar com folga. O economista Rudolph Ware, da Universidade de Michigan, falou à revista sobre a fortuna do imperador. “Imagine o máximo de ouro que um ser humano possa ter e dobre esse valor”, afirmou.
O segundo colocado foi o imperador romano Otávio Augusto, com um valor de 4,6 trilhões de dólares corrigidos em relação a 2014. Embora seja praticamente impossível mensurar o dinheiro que o imperador do Mali possuía, todos concordam que ele superava o romano em muito.
Inflação
Musa era tão rico que no ano de 1324 organizou uma viagem até Meca, cidade sagrada dos muçulmanos, onde levou um verdadeiro exército de músicos, assessores e todo o tipo de gente, além de centenas de camelos carregando barras de ouro, que ele distribuiu como presentes quando chegou ao Cairo, capital do Egito.
A boa ação do imperador acabou causando uma enorme inflação na cidade, que demorou longos 12 anos para ter sua economia estabilizada. Mansa Musa morreria 13 anos depois, após 25 anos de um reinado proveitoso e muito, mas muito, muito rico mesmo.
