O governo brasileiro defende o uso da droga chamada de cloroquina no tratamento do coronavírus. No entanto, o que realmente sabemos sobre seus efeitos?
Além dela, outras drogas estão sendo testadas no combate ao COVID-19, mas por enquanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não autorizou o uso de nenhum tratamento específico para a doença.
O uso de cloroquina e hidroxicloroquina no combate ao coronavírus tem como base um estudo realizado na França.
A droga é normalmente usada no tratamento de doenças como malária, artrite reumatoide e lúpus e o grande problema com ela, além da falta de evidências de sua eficácia no tratamento do COVID-19, é a questão de segurança dos pacientes, já que efeitos colaterais foram relatados.
Cegueira, surdez e problemas neurológicos foram registrados entre pessoas que estavam com coronavírus e se tratavam com cloroquina.
Ela é administrada geralmente em conjunto com azitromicina, potencializando os resultados positivos. No entanto, o estudo francês continua sendo alvo de críticas por parte de especialistas.
No Brasil, o uso era restrito apenas aos casos graves, como medida compassiva, mas recentemente o Ministério da Saúde autorizou o uso em casos também mais leves, já que o medicamento teria mais sucesso nesses casos.
No entanto, médicos que receitarem cloroquina em casos leves de COVID-19 terão que arcar com possíveis efeitos colaterais. No final das contas, a polêmica continua.
Outras drogas
A cloroquina não é a única substância que está sendo testada no tratamento contra o coronavírus.
Outras opções, também não regulamentadas, incluem drogas usadas no tratamento de HIV, ebola e esclerose múltipla. Essas outras opções também estão sendo testadas no Brasil.
Possíveis tratamentos alternativos incluem ainda o uso de plasma sanguíneo e até mesmo células do cordão umbilical.
Há ainda uma substância retirada do sangue de uma espécie de verme marinho que estás sendo estudada também por pesquisadores da França.