Um novo drone, que recebeu o nome de Sagitta, completou seu primeiro voo sem piloto e sem o uso de controle remoto. O teste foi realizado pela Agência Espacial Alemã (DLR), com um voo de sete minutos completamente autônomo.
O drone é um veículo aéreo não-tripulado (VANT) e todos os sistemas a bordo, tais como elevadores e lemes, são operados eletricamente – apenas os freios do aparelho são hidráulicos.
O projeto foi desenvolvido em conjunto com o líder do projeto Airbus Defense and Space. O voo foi realizado em um curso pré-programado, no site de teste em Overberg, na África do Sul.
A construção inovadora de sua asa demonstrou excelentes características de voo durante o teste, onde as empresas avaliaram as diversas tecnologias empregadas no protótipo, que inclui o próprio material usado na sua construção – um polímero reforçado de fibra de carbono ultraleve.
Além do material especial, o voo de demonstração também serviu para confirmar uma das características mais importantes do drone: a sua camuflagem. Ele é “invisível” para o radar, efeito que vem primariamente do seu formato único.
“O primeiro voo do Sagitta é outro marco para a cooperação entre pesquisa e indústria”, afirmou Rolf Henke, membro do Conselho Executivo da DLR e responsável pela pesquisa aeronáutica.
“Dentro do framework criado pela Airbus, conseguimos implementar nosso potencial de inovação e desenvolver e integrar as tecnologias complexas. O design de aeronaves é sempre sobre integração, por isso estamos muito satisfeitos quando um projeto conjunto, como este, tem sucesso em vários níveis”.
O projeto envolve um trabalho conjunto da Airbus com a DLR e institutos das universidades técnicas de Munique e Chemnitz, da Universidade das Forças Armadas Federais (Universität der Bundeswehr) em Munique e da Universidade de Ciências Aplicadas de Ingolstadt.
Toda essa equipe se uniu para desenvolver em conjunto novas tecnologias avançadas para vôos não tripulados. Um estudo de viabilidade, usando uma configuração de asa, foi realizado antes que o projeto fosse levado para o teste prático.
Se tudo continuar avançando bem, a nova tecnologia pode futuramente ser usada em aviões comerciais por tudo o mundo.
