Nós crescemos e aprendemos que vamos morrer um dia. Não vamos viver para sempre. A imortalidade é uma ilusão sonhada desde o início da história da humanidade.
Aprendemos, ainda, que a morte é a razão da vida. Aqueles que a buscam são destinados apenas a frustração e a tristeza.
Mas é verdade? Quanto mais aprendemos sobre genética, mais percebemos que é possível viver para sempre.
Por que envelhecemos?
Ao longo da vida, a divisão celular substitui as células mortas, a fim de mantê-las saudáveis. No interior das células, existem feixes complexos de armazenamento, conhecidos como cromossomos.
Dentro destes cromossomos estão a cromatina. Para o bem deste artigo, tudo que você precisa saber é que as cromatina contém o DNA que é o código responsável por muitas das características que possuímos.
Quando estes cromossomas se dividem, um centrômero os une temporariamente. Cada metade do cromossomo duplicado é chamado de cromátide, e no final disso está o telômero, uma coisa pequena que um dia pode tornar possível viver para sempre.
Ainda com a gente?
O telômero é a parte mais importante de todo o pacote. O telômero envolve cada crométide, evitando a degradação de uma célula durante a replicação. O problema é este: Quando as células se dividem, os telômeros começam a se quebrar. Nossos corpos não têm a capacidade de criar novos telômeros, e assim ao longo do tempo nossos cromossomos param de replicar com precisão. Isto faz com que ocorra o envelhecimento e impede a imortalidade.
Há outros fatores que ajudam a determinar o processo de envelhecimento, mas os telômeros são os maiores responsáveis por isso. Mantenha eles vivos e você vai viver para sempre.
Imortalidade em Animais
Lagostas crescem até a morte. Por causa de doenças e predadores, elas nunca vivem para sempre. Os órgãos de tartarugas (você sabe, essas coisas que compõem um organismo) não se degradam. Como lagostas, elas poderiam, teoricamente, viver para sempre, se as doenças fossem erradicadas e elas fossem colocadas em um ambiente livre de predadores. Outros animais simplesmente se regeneram. Se você é um desses animais, mais uma vez, adivinhe: é possível viver para sempre.
Por que não os seres humanos? A resposta está no nosso código genético. Se aprendermos a manipular isso, vamos alcançar a imortalidade.
Imortalidade em humanos
Os animais são diferentes de seres humanos. Um bando de pessoas ao redor do mundo desenvolve uma condição genética rara que as impede de envelhecer. Evidentemente, a imortalidade biológica não é, afinal de contas, conto de fadas.
Sabemos que é possível viver para sempre, porque essas pessoas não crescem ou envelhecem. Naturalmente, os cientistas estão muito interessados nessa condição. Num caso, um homem americano, de 29 anos, tem o corpo de uma criança pré-puberdade. Em outro, uma mulher brasileira, de 31, parece não ser nada além de uma criança.
É possível viver para sempre, mas quão perto está a ciência?
Os pesquisadores passaram vidas estudando o assunto. Os cientistas têm aumentado, enormemente, a vida dos organismos, conferindo resistência a uma série de doenças que normalmente iria matá-los. Talvez o primeiro passo para o ser humano é, portanto, acabar com a obesidade ou erradicação de doenças cardíacas e o câncer.
Mas não queremos uma extensão; nós queremos um “para sempre”. Outros cientistas têm estudado alguns dos animais anti-envelhecimento e descobriram genes específicos associados com o envelhecimento. Acontece que os seres humanos mantem os mesmos genes. A fim de testar as teorias relacionadas aos genes em seres humanos, nós, infelizmente, precisamos aprender como fazer para desligar e ligar os genes. Os cientistas estão confiantes de que um dia vão ser capazes de fazer isso.
Sabemos muitas das razões pelas quais o envelhecimento ocorre. Todas elas têm a ver com o código genético e sabemos que, portanto, envelhecer é resultado de uma mutação genética presente na maioria das espécies. Os cientistas estão confiantes de que seremos capazes de passar por este obstáculo no futuro próximo.
É possível, sim, viver para sempre. Claro, ainda estaremos propensos a acidentes e, consequentemente, à morte. Mas nada que uma prescrição com nanotecnologia regenerativa ou o carregamento de nossas mentes em corpos de robôs não resolvam. O momento da nossa morte se tornaria muito mais indefinida.
Se é possível viver para sempre, se você optar por fazê-lo? Você acredita que a ciência vai descobrir a imortalidade, ou que ainda estamos perseguindo um conto de fadas?