Engenheiros recriam na Terra o ambiente de Titã, a maior lua de Saturno

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Pesquisadores da Universidade de Washington e da Nasa estão construindo um submarino que deve explorar Titã, uma das luas de Saturno. Para isso, eles precisam recriar o ambiente do satélite.

Titã possui vastos oceanos de etano e metano com temperaturas que chegam a 184 graus negativos. Os cientistas precisam entender como esses oceanos extremamente gelados se comportam, já que a quantidade de cada elemento pode variar em diversos locais.

Para isso, foi criado um laboratório criogênico onde as condições climáticas de Titã serão recriadas para estudar como um submarino poderia se movimentar por lá. O principal problema é em relação ao calor gerado pelo submarino, que poderá gerar reações termoquímicas que poderiam afetar a locomoção.

Segundo o engenheiro Ian Richards, da Universidade de Washington, que é um dos líderes do estudo, já foi possível determinar que o oceano de Titã congela em temperaturas mais baixas do que o esperado, devido a baixa quantidade de nitrogênio líquido. “Já é uma grande coisa, isso significa que não temos de nos preocupar com icebergs”, brincou o cientista.

Há mais de 20 anos o programa Cassini estuda Saturno e seus satélites, mas a Nasa pretende enviar uma missão específica até a maior delas em um futuro próximo. Titã é um dos locais mais prováveis de haver vida no sistema solar, além da Terra.

Sobre Titã

Titã é a maior das 62 luas conhecidas de Saturno, além de ser maior do que a Lua da Terra e do que o planeta Mercúrio. É um dos únicos locais do sistema solar além do nosso planeta onde existe chuva, nuvens, rios e oceanos.

Apesar da ausência de água na superfície, a alta quantidade de nitrogênio nas nuvens torna o satélite um local bem provável para a existência de formas de vida, ainda que primitivas e bem diferentes do que consideramos vida na Terra.

Descoberta em 1655 pelo astrônomo holandês Christiaan Huygens, Titã possui temperaturas extremamente baixas, contando inclusive com a presença de vulcões gelados, denominados criovulcões, que expelem substâncias como água, metano e amoníaco.



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