Entenda por que não existem alimentos na cor azul

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Você já parou para pensar e se deu conta de que não existem alimentos da cor azul? Se não, pense bem: quase tudo que comemos conta com cores fortes e vibrantes, como o vermelho e o laranja.

Talvez você se lembre do mirtilo, que é azul – mas ele é uma raríssima exceção! A raridade não é exclusividade dos vegetais que comemos, repare que poucos pássaros contam com essa coloração. Já os peixes que são azuis, só o são pelo modo que a luz reflete neles.

Uma coisa é certa: em nossos pratos de comida, muito dificilmente se vê a cor azul. Até mesmo algumas uvas e ameixas, e os próprios mirtilos já citados, na verdade são ligeiramente roxos, mesmo que pareçam azuis.

A explicação para este fato é que os pigmentos azuis são bem complexos e raros na natureza, por isso nem mesmo pedras azuis são abundantes. O que se conclui a partir disto é que, no processo de evolução, as coisas que tinham uma tonalidade azul, não se saíram muito bem.

Um outro fator é que a cor azul não é das mais chamativas e nem apetitosas para o paladar. Na evolução, as frutas de cores vermelha, amarela ou verde se deram melhor. E tem mais: elas também têm mais vitaminas, antioxidantes e outros nutrientes.

Chris Gunter, um professor de Ciência de Horticultura na Universidade do Estado da Carolina do Norte, explica outra razão. Ele afirma que o azul também atrapalharia as plantas a crescerem! Isso porque a cor azul é uma das com mais energia de ondas no espectro de luz, o que faria com que as plantas refletissem a luz, ao invés de usá-las para crescer.

Uma última explicação afirma que as plantas teriam optado pelo vermelho para contrastar com o verde da clorofila. A ideia seria ajudar os animais na hora de distinguir seus frutos e flores das folhagens, auxiliando no processo de dispersão das sementes.

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