Estudos recentes descobriram o que está sendo chamado de ‘estradas celestiais’. Esses caminhos pelo universo podem ser muito úteis um dia, quando as viagens interplanetárias forem uma realidade mais palpável.
Elas são formadas pelos próprios planetas, de certa forma, e poderiam ajudar um viajante a ganhar muito tempo se fossem usadas por naves espaciais.
De acordo com os pesquisadores da Universidade da Califórnia, uma das estradas celestiais fica aqui mesmo, no Sistema Solar.
Ela se estende de algum lugar entre as órbitas de Marte e Júpiter e segue pelo menos até Urano, mas possivelmente vai além dele. Essas estradas são como corredores formados pela força gravitacional dos planetas, onde seria mais fácil e rápido viajar.
Tudo funciona com base na interação entre os campos gravitacionais dos planetas. Simulações feitas em computador mostraram que ao redor de cada campo de força se formam arcos, que são chamados de coletores espaciais, devido a atração exercida a partir deles.
Esses arcos e coletores interagem de várias formas, criando as estradas celestiais.
Cada planeta acaba assim tendo suas próprias estradas celestiais, mas como os sistemas afetam um ao outro, o que acaba existindo é uma verdadeira malha “viária” no cosmo.
Podemos ainda não saber como vamos chegar a vários lugares do universo, mas já temos uma boa ideia de por quais caminhos seguir nesse caso. E um deles passa bem próximo, por sorte.
Rodovia Júpiter-Urano
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e um dos que mais exerce efeito gravitacional nos objetos a sua volta. Por isso, não é estranho que a principal das estradas celestiais mais próximas tenha relação com ele.
A estrada jupiteriana chega pelo menos até a órbita de Urano, mas possivelmente vai além.
O monitoramento e estudo dessas estradas celestiais é importante não só para as futuras viagens que todos pretendem fazer, mas também para entender a mecânica de cometas, asteroides e outros objetos que se aproximam da Terra de tempos em tempos.
As estradas podem nos dar um bom indício do caminho que eles fazem até aqui.
