Muitos fumantes mundo afora possuem o bom senso e a educação de irem fumar do lado de fora, para não prejudicar aquelas pessoas que se encontram em locais internos. Mas pode ser que não funcione tão bem assim: um novo estudo afirma que algumas partículas da fumaça de cigarros podem parar em lugares antes inimigináveis.
De acordo com esse novo estudo, feito na Universidade Drexel, nos Estados Unidos, certas partículas da fumaça liberada pelos cigarros podem se prender a certas superfícies. E depois, elas ainda podem retornar para o ar e acabar parando em locais que muitos de nós imaginavamos estar livres da fumaça dos cigarros.
Tudo começou após os responsáveis da pesquisa analisarem uma sala de aula da universidade, na qual não era permitido fumar. Ainda assim, encontraram pequenas partículas oriundas da fumaça de cigarros. A sala estava localizada a apenas 20 metros de um local onde era permitido fumar.
Outro lugar que também foi uma vítima indireta de fumantes foi uma espécie de escritório que compartilhava os mesmos encanamentos e ventilação da sala de aula analisada.
Independente do culpado, ficou bem claro que as paredes e alguns metros de distância não são o suficiente para evitar que a fumaça de cigarros chegasse a locais antes considerados livres desse problema.
“Apesar de muitas áreas públicas possuírem restrições para fumantes, incluindo certa distância de portas ou até mesmo a proibição do fumo em algumas universidades, essas limitações apenas serviram para proteger não fumantes da uma primeira exposição à fumaça”, disse o engenheiro Michael Waring, um dos envolvidos no estudo.
Outro experimento realizado nessa pesquisa jogou um pouco da fumaça dos cigarros em um recipiente de vidro que acabou sendo limpo. Um dia depois, os responsáveis notaram resquícios da fumaça de cigarros, sugerindo que o local também foi vítima desse processo silencioso.
Antes que você se preocupe com isso, é importante notar que ainda não se sabe se essas partículas realmente podem ser nocivas para seres humanos.
“Apesar de muitas pessoas imaginarem que estarão expostas à fumaça de escapamento de carros ou outros componentes químicos do lado de fora, muitos costumam acreditar que estão livres disso em ambientes internos. Entender como estamos constantemente expostos a esses componentes, mesmo em locais internos, é um desafio que devemos comunicar para a população”, disse o químico Peter DeCarlo.
