O grafeno é um material descoberto há pouco tempo e que possui uma série de aplicações práticas muito interessantes. Uma pesquisa da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos, revelou mais uma aplicação, que deve ser a mais importante até agora: geração de energia.
O pesquisador Paul Thibado estava observando as ondulações causadas no material, que são uma de suas principais características. Ao analisar os dados dos cálculos dessas ondulações, ele observou que o movimento dos átomos poderia gerar energia de forma quase infinita, já que a ondulação é constante.
Segundo os cálculos de Thibado, um pedaço de grafeno com as medidas de 10 por 10 mícron, pode gerar até 10 microwatts de energia. Para efeitos de comparação, 20 mil pedaços desse tamanho caberiam na ponta de um alfinete.
Os pesquisadores do Arkansas já trabalham em conjunto com o Laboratório de Pesquisa Naval dos Estados Unidos em busca de aplicações para a energia gerada pelo grafeno. A intenção inicial é de que o material substitua baterias em várias aplicações, como implantes biológicos autossuficientes a base de grafeno, por exemplo.
O grafeno e suas mil e uma utilidades
Um dos derivados do carbono, o grafeno é tido como o futuro da tecnologia. Considerado como um dos materiais mais resistentes e condutores do mundo, ele pode substituir vários outros materiais no desenvolvimento de dispositivos digitais, tornando os sistemas eletrônicos mais eficientes e possivelmente mais baratos.
Ele foi estudado de forma teórica pela primeira vez em 1947, pelo físico Phillip Russell Wallace. Em 1962, as primeiras amostras foram obtidas pelos químicos Ulrich Hofmann e Hanns-Peter Boehm. Mas só em 2004 o material conseguiu ser isolado para que suas possíveis aplicações fossem testadas por Andre Geim e Konstantin Novoselov, dois físicos.
Atualmente, o grafeno é objeto de estudo principalmente na área de nanotecnologia.