Todos sabem que a era dos dinossauros acabou com uma extinção em massa, mas o que nem todo mundo sabia é que ela também pode ter começado assim.
Se há 65 milhões de anos um meteoro teve consequências que mataram todos os répteis gigantes e outras tantas formas de vida, há 233 milhões de anos foi uma série de erupções vulcânicas que os colocou no posto dominante que ocuparam por tanto tempo.
As explosões teriam tido início no que hoje é a costa oeste do Canadá e teriam liberado na atmosfera uma quantidade muito grande de carbono, metano e vapor de água.
Isso teria aquecido o planeta em grande intensidade e velocidade, matando boa parte dos seres vivos dominantes no período e abrindo caminho para que os répteis, mais adaptados a nova realidade, reinassem absolutos.
Os paleontólogos contam ao menos 5 eventos de extinção em massa na história da Terra, mas esse, denominado Episódio Pluvial Carniano (CPE, na sigla em inglês), tem surgido com mais força nos estudos mais recentes sobre o tema.
Inicialmente, acreditava-se que o evento estava restrito a Europa, mas com o avanço das pesquisas, sabe-se que atingiu todo o mundo.
As erupções vulcânicas na América do Norte causaram um aumento de temperatura e chuvas fortes por todo o mundo, misturadas com o ácido das substâncias liberadas pelos vulcões.
Isso tornou corpos de água rasos totalmente ácidos e inabitáveis. Quando tudo passou, a Terra estava mais seca e menos fértil, e é nesse cenário que os dinossauros se desenvolvem.
Repetindo o passado
Assim como já aconteceu mais de uma vez, o aquecimento global volta a ser um desafio. Chuvas e mares ácidos podem ser uma consequência e a possibilidade de uma nova extinção em massa não deve ser descartada.
Por isso, entender como essa e outras extinções aconteceram pode ser crucial para salvarmos o planeta na situação atual.
Quando a Terra se aquece demais, a vida passa por uma série de mudanças que impossibilita que todas as espécies sobrevivam.
A diferença entre nós e os dinossauros é que temos como prever e tentar remediar parte do estrago que já foi feito. O tempo, contado em milhões de anos pelos paleontólogos, não está a nosso favor.