Quando assistimos a filmes de fantasia misturados com ficção científica, normalmente, relevamos a parte científica. Mas há, definitivamente, momentos em que estes filmes distorcem a realidade um pouco além da conta, a ponto disso ficar perceptível até mesmo para os menos “chatos”.
Veja alguns exemplos de filmes que ignoraram as leis da ciência:
1) O Buraco Negro (1979)
Até que alguém consiga “entrar” em um buraco negro de verdade e volte com um relatório descrevendo o que viu, nós nunca saberemos realmente o que aconteceria se uma nave espacial entrasse em um. Mas os cientistas têm algumas suposições bastante detalhadas a cerca disso, embora, elas provavelmente, soem bem estranho para quem não tem um profundo conhecimento sobre física quântica, já que tais suposições são extremamente complexas. Mas uma coisa é certa, quase certeza que não é nada como o final do filme O Buraco Negro, que retrata uma espécie de porta de entrada psicodélica para outra dimensão.
2) Armageddon (1998)
Com o filme Armageddon, de 1998, o diretor Michael Bay teve o bom senso de reconhecer que, no caso de um desastre que obliterasse a vida na Terra, as pessoas gostariam de enviar o ator o Bruce Willis ao espaço para salvar a todos nós. Infelizmente, este blockbuster de grande orçamento, também tem alguns desenvolvimentos muito ruins, como por exemplo, a ideia que um asteroide teria gravidade suficiente para manter rovers da NASA sobre ele enquanto viaja em direção a Terra.
3) Vanilla Sky (2001)
Hollywood tem usado em abundância a ideia de sono criogênico como plot para seus filmes, mas o remake do filme espanhol “Abre los Ojos” de 1997, toma uma decisão um tanto curiosa. A história do filme Vanilla Sky gira em torno de seu protagonista, que ficou congelado por 150 anos em um sonho lucido, onde o mesmo encontra-se preso em um triângulo amoroso com Cameron Diaz e Penélope Cruz. Infelizmente, a criogenia real envolve um destino nada “sexual”, como o filme conta, já que a pessoa precisa, basicamente, ser decapitada e sua cabeça armazenada em uma espécie de tubo preenchido com nitrogênio líquido.
4) O Núcleo (2003)
A trama do filme gira em torno de uma catástrofe, quando o núcleo interno da Terra para de girar, o que requer que uma equipe de especialistas, basicamente, perfurando desde a superfície até o centro do planeta. Mas se o núcleo realmente parasse, ninguém seria capaz de perfurar qualquer coisa, porque todos nós estaríamos mortos. Mesmo colocando este “pequeno” problema de lado, o filme inclui uma série de momentos totalmente sem noção quando a tripulação está no centro da terra e decide sair da “nave”.
5) Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)
Mesmo com o fato de que é Indiana Jones envolvido em uma trama sobre uma civilização alienígena, não achamos que isso seja o grande problema do filme, mesmo que para alguns, isso fuja do conceito do professor Jones, por se tratar de algo cientifico e não místico, como nos filmes anteriores. O verdadeiro problema mesmo é como ele sobrevive ao primeiro ato, quando ele se protege de um teste de bomba atômica: se escondendo dentro de uma geladeira para evitar ser incinerado durante a explosão. Na vida real, se você não fosse aniquilado pela explosão, você seria cozido por ela.
6) Anjos e Demônios (2009)
Vários teólogos veem sérios problemas na série de livros best-seller do escritor Dan Brown, onde o protagonista, Robert Langdon, usa detalhes históricos para descobrir todos os tipos de segredos por trás da crença e religião. Mas eles não foram os únicos a se incomodarem com as histórias contadas pelos livros e filmes, vários cientistas levantaram muitas questões após o lançamento de Anjos e Demônios, como por exemplo, uma cena onde Langdon está envolvido em uma trama Illuminati que envolve o roubo de um frasco de antimatéria conectado a uma bateria de backup e programado para explodir quando a bateria for esgotada. O problema? Você não pode, realmente, produzir antimatéria ou mesmo movê-la tão facilmente como o filme sugere.
7) 2012 (2009)
O diretor Roland Emmerich é praticamente um especialidade no que diz respeito a desrespeitar a ciência, seus trabalhos anteriores foram os filmes “O Dia Depois de Amanhã” e “Independence Day”, mas foi com o thriller apocalíptico 2012, que ele realmente se superou, imaginando que o dia do juízo final, supostamente, previsto pelo calendário maia, seria provocado por partículas de neutrinos de erupções solares que, de alguma forma, conseguiram superaquecer o núcleo da Terra. Praticamente, nada no filme faz sentido. Tanto que a NASA teve que desmistificar o filme. 2012 é considerado como sendo um dos filmes mais absurdos de todos os tempos, em termos de veracidade cientifica.
8) Epidemia (1995)
O vírus é um grande plot cinematográfica, mas para que ele realmente funcione na trama, o filme tem que decidir o quão rápido sua doença vai se espalhar. Daí o problema no ponto crucial do filme Epidemia, que imaginou um vírus de macaco se espalhando tão rápido que conseguiu acabar com uma cidade inteira quase da noite para o dia, mas ainda deu tempo suficiente para um virologista proeminente (Dustin Hoffman) criar uma cura. Na vida real, uma epidemia levaria muito mais tempo para se espalhar do que o filme nos mostra, além do mais, seria necessário muito mais tempo para produzir uma solução viável.
9) O Dia Depois de Amanhã (2004)
O filme O Dia Depois de Amanhã tenta mostrar aos espectadores uma visão de aquecimento global causado pelo homem, que inclui um aumento tão catastrofismo do nível dos oceanos, que acaba mergulhando a cidade de Nova York em um frio congelante. Para que isso de fato ocorresse, seria necessário que, praticamente, toda a Antártida derretesse para que isso fosse possível, além de que, levaria anos para os raios do sol deixarem as coisas normais novamente.
10) Independence Day (1996)
No filme Independence Day, uma gigantesca nave-mãe paira sobre Washington, D.C. antes de disparar raios de destruição em massa. Olhando apenas pelo lado do entretenimento, é um espetáculo impressionante, mas na vida real, se é que isso fosse possível, um objeto de tal tamanho não precisaria enviar alienígenas para nos caçar como no filme. Simplesmente porque, um objeto tão grande quanto este, apenas por estar lá, parado, exerceria força gravitacional suficiente para fazer vulcões entram em erupção, terremotos e maremotos.
11) Alien – A Ressurreição (1997)
Alerta de spoiler! O 3° filme da saga “Alien”, termina com a protagonista Ripley (Sigourney Weaver) se jogando em uma fornalha, o que faria seu retorno em Alien – A Ressurreição uma proposição bastante complicada. Mas o roteirista Joss Whedon, decidiu ignorar esse fato, ao trazer a ideia de que Ripley foi clonada depois que cientistas coletaram seu DNA a partir de suas entranhas retiradas da fornalha. E como se não bastasse, ele ainda levou as coisas longe demais, dando as memórias de Ripley ao seu clone, apesar de sabermos que isso não fica atrelado ao nosso DNA.