Não importa a altura, a circunstância e o motivo da queda, mas os gatos sempre caem em pé. Essa “verdade” é aceita por todos, mas por que isso realmente acontece?
Na verdade, cientistas estudam o reflexo dos felinos há alguns séculos, mas foi há pouco tempo que esse fenômeno começou a ser compreendido de forma mais clara. A única certeza é que não é nenhum tipo de bruxaria.
O primeiro estudo sobre o assunto foi publicado no ano de 1700, sendo um dos primeiros documentos modernos sobre física. Isso mostra como a questão da queda dos gatos tem atormentado as pessoas desde sempre.
Outros físicos questionaram o assunto e o movimento de virada dos felinos no ar ganhou até um nome mais técnico: reflexo de endireitamento.
No século XIX, mais teorias surgiram, mas elas acabaram se provando equivocadas com o tempo.
Elas lidavam, principalmente, com a possibilidade de que a coluna do gato se moldasse durante a queda, de forma a torna-lo mais estável no ar e facilitando a queda, no entanto, foi comprovado que o próprio ar não exerceria tanto efeito assim sobre os animais em queda livre.
Muitos dos físicos do século XIX logo reconheceram o equívoco e passaram a abordar o problema de forma diferente. Inicialmente, os gatos eram tratados apenas como objetos sólidos simples, sem levar em conta que seus corpos possuem uma série de movimentos que possibilitam uma queda segura e sem consequências.
O segredo dos gatos
A solução começou a surgir só em 1935, quando fisiologistas começaram a estudar a queda dos gatos. Foi observado que a principal manobra executada pelos felinos era um movimento de dobrar o corpo enquanto giravam, fazendo com que a trajetória angular da queda se comportasse de forma diferente.
O estudo continuou até os anos 60, quando a Nasa começou a estudar a queda dos gatos para entender melhor o comportamento do corpo humano em um ambiente de gravidade zero. Curiosamente, nenhum astronauta até hoje precisou (ou conseguiu) executar o movimento no espaço.
