Pesquisa comprova que gatos não confiam em seus donos

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Quem é dono de gatos sabe que a impressão que esses bichinhos passam é a de que não estão nem aí pra gente. Pois é… parece que é verdade!

Pesquisadores da Universidade de Lincoln, na Inglaterra, publicaram os resultados de um recente estudo sobre o comportamento dos gatos domésticos. Eles conseguiram comprovar que os gatinhos, diferentemente dos cães, não têm propensão natural a criar laços fortes com seres humanos.

Para obter essas respostas, Alice Potter e Daniel Mills utilizaram uma técnica criada em 1969 pela psicóloga Mary Ainsworth: o teste da situação estranha.

Este teste foi criado para ser aplicado em crianças e descobrir o quanto elas consideram determinados adultos como “porto seguro”, quando expostos a ambientes e situações desconhecidas.

O procedimento é bem simples e ele já foi aplicado aos cães em diversos outros estudos. Nele, criança e adulto são colocados em um ambiente onde se encenam várias situações: o responsável pode sair e deixá-la sozinha no lugar ou ele também pode ficar, mas na presença de uma terceira pessoa, que a criança não conhece. Também há uma opção extrema: sair e deixá-la com a pessoa que ela não conhece.

Se a criança for apegada ao seu responsável, acontece o óbvio: ela demonstrará mais confiança para explorar a sala na presença do adulto que é familiar, mas ficará receosa se ele estiver ausente – e se esconderá no meio das suas pernas quando o elemento desconhecido der as caras.

A versão para cães, um pouco modificada, aponta os mesmos resultados. Cachorros enxergam seus donos como porto seguro quando estão em ambiente desconhecido na companhia de pessoas desconhecidas.

Como os gatos reagiram ao teste?

Na pesquisa de Potter e Mills, o teste foi aplicado aos nossos amigos felinos. 20 animais e seus donos foram submetidos ao procedimento.

Os resultados foram tristes para quem ama bichanos: os gatos passaram o mesmo tempo explorando a sala na presença do dono e do estranho – o que significa que eles não se sentem mais confiantes e encorajados que a média quando seus responsáveis estão por perto.

Em resumo, significa dizer que os gatos até entendem que certos humanos são mais presentes em sua vida e que existe ligação emocional. O que acontece é que, em situação de perigo, o bichano prefere se virar sozinho e não vai pedir a proteção de um humano.



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