Governo vai acelerar o programa espacial brasileiro com investimentos

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No último dia 7 de fevereiro, o governo brasileiro instaurou o Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB). A intenção é fomentar investimentos para acelerar o desenvolvimento do programa espacial brasileiro.

O CDPEB visa criar diretrizes, prazos e metas a serem cumpridos para que mais investimentos sejam realizados na área. A primeira reunião deve ocorrer dentro de um mês e contará com 6 ministros.

Os participantes do comitê são o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Henrique de Oliveira e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab. Eles serão coordenados pelo Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen.

O programa espacial brasileiro sofre com falta de interesse e cortes de orçamento nos últimos anos. A base de lançamento em Alcântara, no Maranhão, é uma das mais importantes do hemisfério sul.

Em 2006, o tenente da Força Aérea Brasileira Marcos Pontes foi o primeiro brasileiro enviado ao espaço. Ele passou 8 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), tendo viajado em parceria com a Nasa e a Roscosmos, agência espacial russa.

Parceria com a Nasa

A agência espacial americana sempre foi uma apoiadora do programa espacial brasileiro, tendo inclusive utilizado a base de Alcântara por mais de uma vez. Mas o apoio não é incondicional.

Segundo informações reveladas pelo Wikileaks em 2011, o governo dos Estados Unidos era contra o desenvolvimento da tecnologia de foguetes pelo Brasil. O Departamento de Estado americano chegou a enviar um telegrama para a embaixada em Brasília em 2009 sobre o assunto.

“Não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil. … Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, dizia a mensagem de forma clara.



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