O Instagram, rede social voltada para fotos e vídeos, é a que mais cresce nos últimos tempos. Um estudo mostrou que o aplicativo também é o que mais prejudica a saúde mental de seus usuários, causando depressão, ansiedade, entre outros.
A rede é feita basicamente por fotos e vídeos, e por isso, é cheia de imagens cuidadosamente produzidas e muitas vezes com alterações digitais através de filtros ou softwares como o Photoshop.
O problema é que ao apreciar um mundo de gente bonita, feliz e aparentemente saudável, as pessoas, principalmente as mais jovens, acabam se sentindo inferiores, o que leva a sintomas de depressão como crises de ansiedade, pânico e solidão, muitas vezes associados também ao bullying virtual.
Para provar isso, um estudo foi realizado pela Royal Society for Public Health e a Young Health Movement, duas organizações de saúde do Reino Unido. Foram entrevistadas 1500 pessoas com idades que variavam entre 14 e 23 anos.
O estudo, intitulado #StatusofMind, mostrou que o Instagram é o mais prejudicial à saúde mental dos jovens por ser feito basicamente de imagens “perfeitas”, o que causa sentimentos de inferioridade. Já o YouTube, foi considerado o mais inofensivo.
Tudo tem seu lado bom
O psiquiatra Simon Wessely, presidente do Royal College of Psychiatrists, do Reino Unido, diz que é possível não ser afetado pelo lado ruim do Instagram e de outras redes sociais. “Existe um perigo real em culpar o meio pela mensagem. Eu tenho certeza de que as mídias sociais desempenham um papel importante na infelicidade, mas também trazem benefícios. Precisamos ensinar as crianças a lidarem com estes dois lados das mídias sociais – bons e maus – para prepará-los para um mundo cada vez mais digitalizado”, explicou.
Atualmente, o Instagram conta com cerca de 800 milhões de usuários, dos quais 500 milhões acessam a rede todos os dias.
