Um novo estudo publicado na renomada revista Nature e conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco acaba de sugerir que a inteligência artificial pode ser capaz de aprender informações sobre o estado de saúde de um paciente em um hospital e até mesmo prever quando que ele pode morrer. Tal descoberta pode ajudar a revolucionar a medicina no planeta.
Essa mais nova pesquisa foi conduzida em dois hospitais dos Estados Unidos e deduziu que os algoritmos utilizados por uma inteligência artificial, que usava o mesmo código-fonte utilizado pelo Google, foram capazes de afirmar a quanto tempo o paciente já estava internado e quando deu entrada, bem como até mesmo uma possível data de morte.
Essa inteligência artificial utilizou uma infinidade de dados dos pacientes para fazer essas previsões, como sinais vitais, histórico médico e até mesmo notas escritas pela equipe médica. O algoritmo foi capaz de organizar essas informações em uma linha do tempo, o que o permitia enxergar possíveis cenários para o futuro, como a data e hora da morte de uma pessoa.
Tal descoberta pode ajudar a melhorar a área de saúde de diversas formas, seja para médicos e enfermeiros e planos de saúde, por exemplo.
Para os profissionais da área de saúde, essas informações podem permitir que hospitais encontrem novas formas de priorizar atendimentos de emergência, ajudar em diagnósticos de doenças mais sérias, como câncer e problemas cardíacos, e até mesmo prever emergências médicas antes que elas aconteçam.
Empresas grandes como o Google já fazem algo semelhante. Mas dentro da área de saúde, existem algumas ressalvas com relação a isso. Muitos profissionais acreditam que deixar tantos dados importantes nas mãos dessas companhias pode fazer com que elas explorem as indústrias desse mercado e criem uma espécie de monopólio, caso não haja algum tipo de controle ou transparência.
De qualquer forma, a Associação Médica Americana, uma das instituições de saúde mais respeitadas do mundo, reconhece os benefícios da ajuda da inteligência artificial na área médica, mas lembra que as ferramentas utilizadas precisam obedecer alguns critérios, como transparência e seguir certos padrões.