Vênus é um dos planetas mais inóspitos do Sistema Solar, onde chove ácido e as temperaturas são absurdamente altas. E aparentemente, Júpiter é o culpado por isso.
Pelo menos é o que indica um novo estudo, que coloca algumas razões ligadas ao gigante gasoso para que Vênus não seja um planeta muito similar à Terra, por exemplo, com chance de ser inclusive habitável.
O estudo, da Universidade da Califórnia, culpa o campo gravitacional de Júpiter por ter empurrado Vênus para mais perto do Sol do que ele normalmente estaria.
Isso aumentou drasticamente sua temperatura, gerando um efeito estufa completamente fora de controle, que chegou a evaporar possíveis oceanos que o planeta já teve em algum momento de sua história.
Devido seu tamanho muito maior do que qualquer outro planeta do Sistema Solar, a formação de Júpiter e as alterações que sua órbita sofreu ao longo do tempo também parecem ter influenciado muito os outros planetas.
No caso de Vênus, hoje ele tem uma órbita na forma de um círculo quase perfeito, o que é raro, já que a maioria dos planetas tem uma órbita elíptica.
Com isso, a sua distância em relação ao Sol praticamente não muda ao longo da translação, como acontece com a Terra e a maioria dos outros planetas.
Os pesquisadores acreditam que Vênus era um mundo muito diferente na época em que sua órbita era elíptica, provavelmente sendo até mesmo habitável e muito similar ao nosso planeta em vários aspectos.
Planetas irmãos
Vênus e a Terra possuem muitas semelhanças, que vão desde o tamanho até a composição, passando pela história de formação.
Olhar para o que Vênus é hoje pode ser como olhar para a própria Terra em um futuro relativamente distante, onde o efeito estufa saiu de controle, impossibilitando a existência de vida por aqui.
Em algum momento, o planeta já foi mais parecido com o nosso e entender como ele se tornou o que é hoje é crucial para entender o nosso próprio ciclo de existência.
Alguns “erros” e problemas que o mundo vizinho passou podem ser evitados dessa forma.
