O Lago Ness (Loch Ness) está localizado em Highland, na Escócia. O lago de água doce ocupa uma área de 56,4 km², e possui profundidade máxima de 226 metros. O lago se estende por 36,3 km e em volume é considerado o terceiro maior da Europa.
Este lago é conhecido internacionalmente pela presença de uma criatura desconhecida em suas profundezas, o monstro do Lago Ness. A lenda já foi roteiro de filmes e documentários, e desperta a curiosidade de muitas pessoas.
O primeiro registro da criatura do lago
O primeiro registro da existência de uma criatura desconhecida no lago foi relatado na obra literária “Vida de São Columbano”. São Columbano (Saint Columba) viveu entre 521 e 597 d.C como missionário irlandês.
Conta-se que ao chegar na Escócia, o missionário foi informado por nativos de que alguém havia sido mordido por um monstro enquanto nadava no lago. Para confirmar o fato, São Columbano enviou um homem para o lago.
Quando este homem chegou à metade do trajeto, o monstro se lançou contra ele, bradando um alto rugido. Diante do sinal da cruz feito por São Columbano na margem do lago, o monstro foi repelido.
Nos séculos seguintes, criou-se a lenda de que o lago era habitado por um Kelpie, ou seja, um espírito maligno das águas, que possui a forma semelhante a de um cavalo.
Primeiros relatos de avistamentos do monstro
O primeiro relato do suposto monstro do Lago Ness, data de 1880. O avistamento foi testemunhado por um mergulhador profissional chamado Duncan MacDonald enquanto procurava o local em que havia acontecido o naufrágio de um navio de carga.
Em seu relato, o mergulhador disse que avistou um animal que se semelhava a um réptil gigante.
Em 1923, Alfred Cruickshank também relatou ter visto uma animal com o dorso arqueado e cerca de 3 metros de comprimento.
Entretanto, a popularidade do lago e da existência de uma criatura no lago, ganhou popularidade em 1933, quando Hugh Gray faz o registro da primeira fotografia do que seria a criatura que habitava o Lago Ness.
Mas, como a foto possui uma baixa qualidade, muitas pessoas passaram acreditar que o registro não passava de um tronco de árvore ou de resto de vegetação.
No ano seguinte, em 1934, o jornal Daily Mail publicou uma fotografia mais clara feita por Robert Kenneth Wilson, onde se pode distinguir de forma clara a cabeça e o pescoço alongado do que seria um animal emergindo das profundezas do lago.
Este registro fez com que a comunidade cientifica e zoológica ficasse desconcertada. Com isso, buscas subaquáticas e vigílias foram organizadas para encontrar o monstro do Lago Ness.
Contudo, em 1994, décadas após o registro mais famoso, o ator, roteirista, e diretor de cinema, Marmaduke Wetherell confessou que a foto havia sido armada e adulterada para que se conseguisse um furo de reportagem. O monstro era na verdade um submarino de brinquedo, construído por Christian Spurling, genro de Wetherell.
Buscas recentes pelo monstro do Lago Ness
Em 2007, o técnico de laboratório Gordon Holmes, filmou um vídeo do que seria uma criatura preta movendo-se rapidamente pela água. No entanto, isso não serviu para comprovar em definitivo a existência da criatura no lago.
Em 2015, Steve Feltham, um pesquisador britânico que passou 24 anos em busca do monstro do Lago Ness, encerrou sua busca e disse que é provável que não exista monstro nenhum e que trata-se apenas de um grande peixe.
Mesmo assim, a lenda atrai anualmente aproximadamente um milhão de turistas para a região, o que resulta em um faturamento de cerca de 25 milhões de libras.
Possível teoria do que seria o monstro do Lago Ness
De acordo com os relatos de aparições, a criatura desconhecida do Lago Ness teria a aparência de um Plesiossauro, parente dos dinossauros extinto no período Mesozoico.
Contudo, os plesiossauros não viviam em temperaturas baixas como as do Lago Ness e também não levantavam o pescoço para a superfície do ambiente aquático. Por esta razão, os cientistas possuem a teoria de que o monstro seria um dinossauro parente do plesiossauro, que não foi documentado.
O animal teria entrado no Rio Ness, que com o tempo ficou raso, impedindo que ele saíssem do lago. Assim, ele teria se adaptado ao local devido à farta disponibilidade de peixes para a alimentação.