O satélite de Saturno conhecido como Encélado é a mais nova possibilidade de vida fora da Terra dentro do sistema solar. A lua abriga moléculas necessárias para a existência de vida, mais precisamente partículas de carbono, que foram detectadas pela primeira vez pelos cientistas.
Moléculas de carbono em água só haviam sido encontradas até hoje na Terra e em alguns poucos meteoritos. Elas não confirmam a existência de vida, mas mostram que o local é capaz de abrigar formas de vida já existentes, ou que isso aconteceu no passado. As moléculas de Encélado possivelmente foram criadas em reações químicas entre água e rochas nos oceanos mais profundos do satélite.
A descoberta foi feita em dados coletados pela sonda Cassini, que se chocou propositalmente com a superfície de Saturno em 2017, depois de 13 anos orbitando o planeta e coletando dados sobre a atmosfera e os satélites naturais do gigante gasoso.
Para abrigar vida como a conhecemos, é necessária ainda a presença de outros elementos como hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre, sendo que apenas os dois últimos não foram encontrados em Encélado. Mesmo assim, a descoberta mostra uma boa base para a existência de vida, com a presença de todos os outros elementos necessários.
As luas de Saturno
Encélado é apenas uma das 62 luas conhecidas de Saturno. A descoberta recente das moléculas de carbono a torna uma das principais candidatas para abrigar vida, mas não a única entre os satélites saturnianos.
A lua conhecida como Titã é o maior corpo a orbitar Saturno e embora tenha um clima bastante inóspito e extremamente frio, também tem chance de abrigar vida, já que possui nuvens feitas de nitrogênio e grandes oceanos em seu interior. Apesar de ser um satélite, Titã é maior do que a nossa Lua e até mesmo do que o planeta Mercúrio.