Um estudo mostrou que um medicamento produzido para o tratamento de diabetes tipo 2 tem o efeito de reversão na perda de memória causada pela doença de Alzheimer. Os testes foram conduzidos por enquanto apenas em ratos, o próximo passo é testar o medicamento em seres humanos.
A pesquisa envolveu cientistas da Universidade Shaoyang e da Universidade Médica de Shanxi, na China, além de estudiosos da Universidade Lancaster, no Reino Unido. Ela foi baseada em pesquisas anteriores que mostravam a relação entre o diabetes tipo 2 e a doença de Alzheimer.
Segundo os cientistas, a falta de insulina causada pelo diabetes tipo 2 deixaria as células do cérebro mais desprotegidas e suscetíveis a males como a doença de Alzheimer. Dessa forma, começaram a observar os efeitos que os medicamentos usados para tratar uma doença teriam sobre a outra.
Resultados similares já haviam sido alcançados com drogas mais antigas, porém o novo teste se mostrou superior, pois protege as células cerebrais através da ativação de 3 defesas naturais. Com as células protegidas, elas são forçadas a se renovar, revertendo assim a perda de memória.
Os testes
A droga foi testada em ratos que foram geneticamente alterados para contraírem a doença de Alzheimer. Os pesquisadores observaram uma série de efeitos como reversão da perda de memória, maior proteção das células nervosas, redução da quantidade de toxinas no cérebro, redução de inflamação crônica e estresse oxidativo e diminuição da morte de células nervosas.
O pesquisador Christian Hölscher, da Universidade Lancaster, falou sobre os resultados. “Esses resultados muito promissores demonstram a eficácia de novos fármacos múltiplos que originalmente foram desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, mas têm efeitos neuroprotetores consistentes vistos em vários estudos”, afirmou.
Os testes ainda serão feitos em seres humanos para comparar o efeito da droga atual com outras usadas no tratamento de diabetes tipo 2. Os cientistas afirmam que uma das maiores vantagens da descoberta é que por se tratar de um medicamento que já existe, caso os resultados se mostrem positivos, a solução estará disponível no mercado em menos tempo.